Motoboys de Petrolina pedem garantia de direitos similares com mototaxistas

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(fotos: Karine Paixão/Nossa Voz)

“Não é pressa, nem loucura, é o lanche perdendo a temperatura”. Essa frase estampa um dos muitos cartazes que estão sendo erguidos pelos motoboys na sessão desta terça-feira (19) na Câmara de Vereadores de Petrolina.

Representantes da categoria iniciaram o protesto na manhã de hoje, em frente ao Parque Municipal Josepha Coelho e seguiram para a Casa Plínio Amorim em busca de apoio para que seja regulamentada a profissão, com garantia de direitos aos trabalhadores. Segundo os relatos, a maioria atua de forma terceirizada, sem carteira assinada, sem pagamento de hora extra e nem adicional de periculosidade, recebendo apenas uma taxa por entrega.

Constante alvo de críticas, os motoboys são criticados pela velocidade que transitam nas vias e apontados como imprudentes no trânsito. Mas hoje, eles foram na Câmara de Petrolina pra mostrar o lado deles. “Normalmente os pedidos saem com 30, 40 minutos da empresa e a gente, muitas vezes, tem de 20 a no máximo 30 minutos pra entregar esses pedidos e a gente, muitas vezes não sai só com um. Então, o período pra gente chegar até a casa do cliente é muito curto. Então, muitas vezes, a gente tende a correr mais um pouquinho”, justificou o motoboy Fernando Oliveira.

Fernando Oliveira, que é um dos organizadores da mobilização, explicou qual o principal objetivo da categoria. “A partir dessa mobilização, a gente espera que os vereadores comecem com um Projeto de Lei pra regulamentar nossa classe. Pra que a gente fique com os direitos parecidos com os dos mototaxistas”, pontuou o motoboy.