por Simone Marques 26 de Dezembro de 2018 às 11:40categoria: Cotidiano
O atual presidente da República, Michel Temer (MDB), pretendia aprovar a reforma da Previdência logo após as Eleições 2018, o que não aconteceu. Sobre o assunto, o Nossa Voz conversou com o atual Senador, Fernando Bezerra Coelho (MDB), que garantiu que as mudanças foram “satanizadas” pela população, mas que estas devem apenas beneficiar os mais pobres e que até mesmo o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) deve aproveitar alguns pontos da proposta.
De acordo com o senador, o projeto elaborado pela equipe de governo de Temer não retira diretos dos trabalhadores, embora tenha sido tão hostilizada pela opinião pública e que aprovaria a proposta do presidente. “Nós vivenciamos uma eleição presidencial muito polarizada e radical. Não houve espaço para uma reflexão mais serena. As iniciativas de reformas de Temer foram muito criticadas, de forma muito ácidas. Usei até a palavra ‘satanizadas’, no caso da reforma trabalhista e, sobre tudo, a reforma da previdência, que não foi aprovada por falta de apoio político”, explicou Fernando Bezerra.
A partir do ano que vem fica a cargo de Jair Bolsonaro propor alterações mais profundas, criando um sistema de capitalização em que cada pessoa é responsável por acumular sua própria reserva para a aposentadoria. “E agora estamos prestes a um novo governo e tudo indica que a reforma da previdência será a matéria principal da proposta do governo que se inicia. A proposta de Temer é mais equilibrada porque protege os mais pobres, embora isso não tenha ganhado espaço durante as eleições”, explicou o político.