Segundo pesquisa da Organização mundial da Saúde (OMS) de 2019, aproximadamente 30% da população mundial é acometida por algum tido de tontura, porém, vale destacar que as causas nem sempre são derivadas por um único motivo. Na visão do Dr. Silvio Pessanha Neto – neurologista e CEO do Instituto de Educação Médica (IDOMED) – a tontura pode ter várias causas e ser atribuída a doenças neurológicas, doenças que afetam o sistema vestibular, alterações emocionais, problema na coluna cervical, além de fatores cardiovasculares e ou metabólicos. De acordo com o médico, o labirinto, responsável por detectar os movimentos da cabeça e contribuir para o equilíbrio do corpo, deve ser o primeiro a passar por uma avaliação clínica, porém diversas doenças também podem ocasionar as tonturas e cada uma possui tratamento específico. O Dia 22 de abril foi selecionado pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia como o “Dia Nacional da Tontura”, data que homenageia Robert Bárány pela sua grande contribuição para a Otoneurologia. O objetivo é trazer o assunto à tona e incentivar o correto diagnóstico e tratamento da tontura.
“Muitas pessoas se sentem tontas ao levantar-se rapidamente. Contudo, quando o “desequilíbrio” se torna recorrente é hora de buscar um especialista para investigar a possível causa. Vários fatores podem ser responsáveis, como doenças encefálicas, alterações do labirinto, que se localiza na orelha interna, ou distúrbios do humor – como ansiedade, estresse e até mesmo depressão -, alteração na taxa de glicemia, colesterol e diabetes”, comenta Dr. Silvio Pessanha Neto.
Uma forte aliada para combater a tontura é a alimentação. Não parece, mas ela tem uma grande importância e influência em nosso organismo e em nossos neurônios, por exemplo, consumir alimentos com alta taxa de gordura e/ou sal faz com que o metabolismo acelere, agindo assim como verdadeiros estimulantes neurológicos. O mesmo pode ocorrer com excesso de energéticos e cafeína.
O Dr. Silvio Pessanha Neto aconselha: – toda pessoa deve procurar um médico e relatar o que está sentido, pois vários sintomas poderão ser consequência da própria tontura, é o caso da visão turva, pressão no ouvido, enxaquecas, incomodo com o barulho e náuseas. Isso o ajudará o especialista a fechar um diagnóstico. A sensação de desequilíbrio pode ocorrer com vertigem ou não e com zumbidos ou diminuição da audição. Sempre que esses sintomas forem persistentes ou recorrentes, é muito importante procurar um especialista para que possa iniciar a investigação clínica, solicitar exames complementares e introduzir o tratamento, quanto antes necessário.
(Isabella Ornellas – Ascom)