8 de janeiro: Moraes tomou mais de 6 mil decisões em 2023; STF julgará mais 146 réus até abril

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou mais de 6,2 mil decisões nos processos relativos aos atos golpistas de 8 de janeiro, quando foram invadidas e depredadas as sedes dos Três Poderes.

As informações constam em um balanço divulgado no domingo (7) pelo gabinete do ministro, que é o relator dos processos. De acordo com o balanço, 146 réus serão julgados até abril de 2024 em 10 sessões virtuais.

Além desses réus, o STF retomará o julgamento, a partir de fevereiro, de outras 29 ações penais.

Desde setembro, quando começou a julgar os casos, a Corte já condenou 30 pessoas acusadas de participação nos atos antidemocráticas.

E, em dezembro, o STF ordenou a execução da primeira pena — a do condenado Matheus Lima de Carvalho Lázaro, julgado em setembro. 

No total, foram abertas 1.345 ações penais. Há outras 1.113 ações penais suspensas para avaliação de acordos de não-persecução penal.

Ações penais e denúncias

A análise das outras ações penais contra réus por envolvimento na destruição de 8 de janeiro deverá prosseguir ao longo do ano.

Entre os agentes públicos, foram denunciados, em agosto, integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF). Segundo o Ministério Público, eles sabiam “antecipadamente dos riscos de atentados aos Poderes da República em 8 de janeiro de 2023.”

Em dezembro, a Corte recebeu a primeira acusação da PGR contra um integrante do grupo de financiadores — um morador de Londrina (PR) que teria fornecido ajuda material ao grupo que invadiu os prédios públicos em Brasília.

Segundo o MP, há provas de que o homem teria fretado quatro ônibus para o transporte de pessoas para a capital federal, em contratos que chegam a R$ 59,2 mil. Além de financiar os deslocamentos, o acusado teria organizado e mobilizado as pessoas que praticaram os atos.

As denúncias contra o suposto financiador e a cúpula da PM do DF ainda vão ser julgadas pelo Supremo. Se a maioria dos ministros der aval para a admissibilidade, os envolvidos vão se tornar réus e responder a processos no Tribunal. Se entenderem que não há elementos suficientes, os casos serão arquivados.

Fonte: G1