A quantidade de jovens de 16 e 17 anos com título de eleitor em mãos e aptos a votar nas eleições deste ano é a maior desde 2014. São 2,1 milhões de pessoas, 50% a mais que em 2018, das quais 55% são mulheres.
O levantamento é do Girl Up Brasil, movimento que apoia meninas pela igualdade de gênero e que fez mutirão para jovens emitirem seus títulos no início deste ano. O cálculo foi feito usando dados públicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do IBGE nos pleitos presidenciais entre 2014 e 2022.
“A juventude está comprometida com o fortalecimento da democracia”, diz Helena Branco, 20, supervisora de advocacy no Girl Up Brasil. “Esse eleitorado vai ajudar a eleger deputados estaduais, federais, vai fazer a diferença no total para o senado.”
Neste ano, 35% das pessoas com 16 e 17 anos poderão ir às urnas. Os jovens nesta faixa etária são 1,4% do total do eleitorado brasileiro.
O dado é uma conquista, segundo a organização, pois em janeiro de 2022 apenas 12% dessa população tinha se interessado em tirar o título. Em 2014, no mesmo período, eram 25% de alistados no TSE.
A Girl Up contabiliza 90 mil acessos ao site do TSE oriundos de suas campanhas nas redes sociais.
Outro dado que o Girl Up comemora é que quase metade das meninas brasileiras neste recorte solicitou título de eleitor. Foram 45% de pedidos contra 37% de meninos que foram atrás do documento. Em 2014, foram 34% e 32%, respectivamente. (Foto: Reprodução)