Foto: Moacir Santana
O tema abordado no estúdio do programa Nossa Voz dessa segunda-feira (17) foi conjuntivite, uma doença que se manifesta através de uma irritação ou inflamação da membrana externa do globo ocular e da pálpebra interior.
Em entrevista, a oftalmologista Camila Leite Moura, que atende pacientes no Centro de Petrolina, explicou que a membrana pode inflamar por diversas causas. “Pode ser por agentes infecciosos como vírus, bactérias, alérgenos, por exemplo, pólen, ácaro, poeira, cloro de piscina, que é a conjuntivite alérgica que a gente chama”, explicou.
“Há cerca de três semanas nós estamos observando um surto de conjuntivite na prática. Geralmente esses casos são autolimitados, menos agressivos, eles resolvem por conta própria. Existem períodos de maiores aglomerações, e como é uma doença altamente contagiosa, se não mantiver os cuidados adequados de isolamento, de higiene, é muito fácil contaminar, principalmente escolas”, alertou Moura.
Camila informou os sintomas comuns em casos de conjuntivite. “Olho vermelho, irritação, aquela sensação de areia, secreção mais acentuada, principalmente ao acordar, porém é importante enfatizar também, que existem outras causas de olho vermelho, que não somente a conjuntivite. Outras inflamações, mais sérias, inclusive, por isso a importância de procurar um médico oftalmologista”, destacou.
A oftalmologista explicou ainda que a infecção fica ativa em média por sete dias, quando se trata de conjuntivite viral, e explica que é necessário fazer a lavagem com soro fisiológico. “A gente não recomenda o paciente se automedicar até que seja examinado por um oftalmologista”, disse.
Para evitar o contágio, Camila afirma: “a conjuntivite é transmitida pelo contato mão contaminada e olho. Evitar compartilhar objetos de uso pessoal, higienizar as mãos, cuidados com a toalha de banho, de rosto, a gente recomenda, trocar a fronha do travesseiro, colocar o travesseiro no sol, são cuidados básicos”.
O tempo seco, o aumento da temperatura e a umidade relativa do ar mais se tornam ambiente propício para a infecção. Para quem tem a sensação do olho seco, Camila conta que prescreve lágrimas artificiais, que são os colírios lubrificantes, porém é necessário avaliar qual é o recomendado para cada caso.