Cumprindo o compromisso firmado por sua assessoria, Raquel Lyra (PSDB), foi a primeira a participar da rodada de entrevista com as candidatas a governadora de Pernambuco, realizada hoje (19) no programa Nossa Voz. A postulante reafirmou suas propostas para o desenvolvimento de Pernambuco nos mais diversos setores como saúde, educação, segurança pública, infraestrutura e geração de empregos.
Lyra também agradeceu a solidariedade da população sertaneja recebida em decorrência da morte do seu marido, Fernando Lucena, ocorrida no último dia 02 de outubro.
Alçada ao segundo turno com 20,58% dos votos, frente aos 23,97% obtidos pela sua adversária, Marília Arraes, ela agora aparece à frente nas últimas pesquisas de intenção de votos.
“Vocês acompanharam muito de perto como a gente fez a nossa campanha. Nós andamos Pernambuco inteiro há mais de 15, 16 meses, conversando com as pessoas, discutindo os problemas, enxergando as soluções, levando uma mensagem de confiança de que é possível Pernambuco viver um momento diferente desse que está vivendo agora, quando a gente às margens do Rio São Francisco, infelizmente, ainda vive em rodízio na cidade de Petrolina. A gente vê a transposição passar, mas vê cidades que não são abastecidas, que não tem o direito de trabalhar com a agricultura irrigada e foi assim que a gente foi conversando, construindo. Unimos, sobretudo, a nossa gente num processo de verdadeira mudança para o nosso estado. Isso nos trouxe até aqui no segundo turno”, relembrou.
Diferente do cenário enfrentado no primeiro turno, Raquel agora conta com o apoio de mais de 110 prefeitos dos municípios pernambucanos, mesmo assim assegura a disposição de revisitar as regiões do estado. “Quero agradecer aqueles que nos trouxeram, às lideranças políticas que estiveram com a gente no primeiro turno e aquelas que se chegam compreendendo que neste momento o mais importante é garantir que Pernambuco consiga construir um momento novo na sua história. E aí quero agradecer o apoio de todos, ao nosso senador Guilherme Coelho, mandar um beijo para ele. O suplente, Fred Loyo. Quero agradecer a Lucinha Mota, a Gláucia, a Alan, que foram candidatos com a gente”.
No Sertão do São Francisco, a candidata conta com o apoio do ex-candidato a governador e ex-prefeito, Miguel Coelho (UB), dos deputados Antônio Coelho (UB) (estadual) e Fernando Filho (UB) (federal), do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), além dos prefeitos Simão Durando (Petrolina), Rafael Cavalcanti (Afrânio), Josimara Cavalcanti (Dormentes) e Vilmar Cavalcanti (Lagoa Grande) e George Duarte (Santa Maria da Boa Vista), do ex-prefeito de Cabrobó, Eudes Caldas e de Ismael Lira, que concorreu à prefeitura de Orocó em 2020. Falando em lideranças regionais, em Petrolina ainda é importante ressaltar os apoios dos integrantes do PSB, Lucas Ramos, deputado federal eleito e do deputado federal Gonzaga Patriota e dos petistas Odacy Amorim (ex-prefeito de Petrolina) e da deputada estadual, Dulci Amorim.
“O que nós vemos em Petrolina é a união que Pernambuco precisa. É isso que estamos construindo ao longo desta caminhada, para que a gente enxergue as dificuldades e consiga ter a capacidade de construir juntos os caminhos para Pernambuco ter um momento muito melhor em sua vida, que a população do nosso estado possa viver com mais tranquilidade”, ressaltou.
Numa análise sobre como a próxima governadora encontrará o estado, Raquel não poupou críticas à atual gestão. “O fato é que Paulo Câmara deixa o legado de um estado empobrecido, onde a gente tem o segundo maior número de desempregados do Brasil, onde a gente está submetido ao pior racionamento de água do Brasil, onde ainda 2 milhões de pessoas passam fome e nem tem acesso à água nas torneiras. É esse o retrato de um estado que não olhou para sua gente, que se preocupou o tempo inteiro em se manter no poder, fazendo acordo, conchavo, panelinha para garantir a própria manutenção no poder. Agora, declara apoio à candidata adversária, Marília Arraes. Marília, agora, é a candidata de Paulo Câmara. E agora é a oportunidade que Pernambuco tem, neste segundo turno, quando vai eleger num momento histórico a primeira governadora mulher da sua história, de comparar quem representa de fato a mudança que Pernambuco precisa”.
Comunicando-se diretamente com o eleitor, Raquel Lyra reforçou sua trajetória profissional. Servidora pública desde os 20 anos, ele relembra que foi advogada do Banco do Nordeste; delegada da Polícia Federal onde atuou nas superintendências do Rio de Janeiro e de Pernambuco; procuradora do Estado de Pernambuco desde 2005; secretária de Criança e Juventude na gestão de Eduardo Campos; eleita duas vezes deputada estadual e duas vezes prefeita de Caruaru.
“Foi como prefeita que aprendi como se transforma a vida das pessoas para melhor. É como a gente tem a capacidade de ouvir, sonhar junto, mas sobretudo de tirar sonho para virar projeto e projeto para virar realidade. Entregando casas, novas escolas, novas creches, construímos o maior programa de educação infantil da história de Caruaru, reduzimos a criminalidade através do (programa) ‘Juntos pela segurança’, quando muitos diziam que não era papel de um prefeito tomar conta da Segurança, eu disse e assumi que tudo aquilo que dizia respeito ao povo de Caruaru dizia respeito a mim também. Criamos o ‘Juntos pela Segurança” e reduzimos pela metade os homicídios e em 70% os crimes de roubos e furtos e não foi com discurso”, alfinetou, detalhando o trabalho feito para a união da Guarda Municipal com as polícias Militar, Civil e Federal e o trabalho de prevenção social com recorde de geração de empregos com carteira assinada.
“É assim que nos propomos a poder mudar o nosso estado. Eu e Priscila Krause, candidata a vice-governadora, deputada estadual atuante que sempre apontou os erros e desvios do governo Paulo Câmara, identificando superfaturamentos, corrupção, uso inadequado daquilo que é mais sagrado para a nossa gente, que é o seu dinheiro. O dinheiro do povo deve ser utilizado para o bem da nossa gente. É assim que a gente se apresenta para superar esse estado de desigualdade, de pobreza que Pernambuco vive. Não dá pra dizer que é mudança, não dá para dizer que vai mudar Pernambuco, como a nossa candidata adversária faz e se aliar ao grupo de Paulo Câmara que está tentando a todo custo se manter no poder”.
Por fim, a candidata reforçou as prioridades do seu governo:
- assegurar a universalização do abastecimento de água;
- avanço nos índices de saneamento básico;
- reestruturação da Compesa e dos órgãos estaduais como IPA e DER;
- reestruturação das estradas, descentralização da saúde, com a construção de novas unidades evitando o deslocamento da população para outras regiões do estado em busca de atendimento;
- qualificação profissional;
- auxílio financeiro de R$ 300 reais para as mães;
- ampliação das vagas de creche no estado, dentre outras ações
Lyra ainda reforçou a neutralidade nas eleições presidenciais reforçando que “não é o presidente da república” que vai resolver os problemas existentes em Pernambuco e aproveitou o gancho para criticar as tentativas da adversária de lhe associar ao palanque de Bolsonaro em Pernambuco.
“Ninguém aguenta mais o faz de conta, a mentirinha e nem a conversa fácil, inventando um monte de fake news. Fake news por minuto eu estou sendo alvo. Vocês têm recebido por WhatsApp de todo canto. Já ganhamos 10 ações judiciais contra a campanha dela, inclusive, assessores dela, pagos com dinheiro de fundo eleitoral estão disseminando fake news, fazendo montagens com jornais renomados de Pernambuco, que já desmentiram toda a história, o judiciário já mandou tirar. A todo o tempo ela está sendo desmentida pelo Poder Judiciário. E ganhei hoje direito de resposta que vai para a televisão. Olha, Pernambuco merece ser tratado com respeito. O cidadão e a cidadã de Pernambuco não aguentam mais mentira. É assim, com a verdade, com transparência, como fiz em Caruaru, que vou concluir as obras inacabadas. Que vou, com a minha capacidade de trabalho, de montar time, com essa união que estamos montando em torno de um projeto de mudança para o nosso Estado, que vamos tirar os projetos do papel e concluir essas obras inacabadas”.