Campanha de Bolsonaro ainda tem R$ 55 milhões para gastar e a de Lula, R$ 38 milhões

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Lula e Bolsonaro - Arte: CNN

Apesar de o petista ter arrecadado mais recursos no total, 69% foram gastos no 1º período eleitoral

O presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), ainda detém mais recursos para serem gastos no segundo turno das eleições do que Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que arrecadou e gastou mais dinheiro no primeiro período eleitoral.

Os dados foram disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e analisados pela CNN. O chefe do Executivo ainda tem quase R$ 17 milhões a mais para gastar do que o petista. Bolsonaro tem R$ 55 milhões disponíveis, enquanto Lula tem R$ 38 milhões.

Até o momento, o ex-presidente Lula gastou R$ 87.950.227,05, o dobro que o candidato do PL, que empenhou R$ 34.883.289,38. Entretanto, o petista recebeu mais recursos, R$ 126.746.496,21 no total, advindos dos fundos partidário e eleitoral, de financiamento coletivo e de doações de pessoas físicas. Já Bolsonaro reuniu R$ 90.580.427,42 por meio dos fundos e doações.

Gastos de Bolsonaro

O candidato do PL gastou a maior parte dos recursos com criação e edição de campanhas publicitárias em vídeo, para inserção na televisão e em redes sociais. A empresa beneficiada, RM Filmes e Publicidade, recebeu R$ 10 milhões para isso.

Outra empresa, a Magic Beans, recebeu R$ 5 milhões para criação e monitoramento nas redes sociais da campanha. Com impulsionamento de conteúdo nas plataformas, Bolsonaro empenhou R$ 4,5 milhões no Google, que inclui a ferramenta de pesquisa e o YouTube. Com o Facebook e Instagram, o gasto foi de R$ 1,4 milhão.

Gastos de Lula

Já o petista empenhou R$ 25 milhões na M4 Marketing para prestação de serviços de marketing e estratégia de comunicação para rádio e televisão. O segundo maior gasto foi com o Google: R$ 10 milhões para impulsionamento na ferramenta de pesquisa e na plataforma de vídeos, o YouTube.
A Meta, dona do Facebook e do Instagram, recebeu R$ 1 milhão da campanha de Lula para propaganda. Com produção de eventos, o candidato do PT pagou R$ 4 milhões à empresa Magni & A.r.

Limite de gastos

Com o segundo turno da disputa pela presidência, o limite de gastos de cada campanha aumentou consideravelmente. O valor, estabelecido pelo TSE, era de R$ 88 milhões. Agora, o novo limite é de R$ 133 milhões. Nenhum dos candidatos chegou perto do teto de gastos até o momento.

No caso de uma das campanhas gastar mais do que o valor estipulado, os responsáveis deverão pagar uma multa no valor equivalente a 100% da quantia que, porventura, ultrapassarem o limite estabelecido pelo TSE.

O prazo para o pagamento da multa é de cinco dias úteis após a intimação da decisão judicial, podendo os responsáveis responderem por abuso do poder econômico. A apuração do excesso de gastos será realizada no momento do exame da prestação de contas dos candidatos e dos partidos políticos se houver elementos suficientes para sua constatação.

(CNN)