Em seu terceiro balanço da coleta do Censo 2022, o IBGE informou que, desde o início da operação em 1º de agosto até o dia 31 de outubro, foram recenseadas 136.022.192 pessoas, em 47.740.071 domicílios. Esse total corresponde a 63,77% da população estimada do país.
O instituto informou ainda que continua enfrentando dificuldades para colocar recenseadores nas ruas para fazerem a coleta. Em todo o país, são 90.552 recenseadores em campo – apenas 49,5% do total de vagas disponíveis.
Do total, 31,69% dos recenseados estavam na região Nordeste, 38,45% estavam no Sudeste, 13,99% no Sul, 8,88% no Norte e 6,99% no Centro-Oeste. Até o momento, 48,3% da população recenseada eram homens e 51,7% eram mulheres.
“Fizemos a prorrogação da operação e, até o momento, o cronograma segue mantido”, declarou o gerente técnico do Censo, Luciano Duarte.
O IBGE anunciou em 3 de outubro o adiamento do fim da coleta de dados do Censo Demográfico de 2022 justamente por causa da falta de recenseadores. A previsão anterior era de encerrar a coleta no final do mês passado. Agora, a previsão de encerramento é dezembro.
“Assumimos o compromisso de entregar ao TCU [Tribunal de Contas da União] até o dia 28 de dezembro a contagem da população para que seja feita a distribuição do Fundo de Participação dos Municípios”, informou o diretor de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.
Cerca de 2,33% dos domicílios (média nacional) se recusaram a responder, percentual que se espera ser reduzido até o final da operação, após aplicados todos os protocolos de insistência, informa o IBGE (leia mais abaixo).
O estado mais adiantado, ou seja, com maior proporção de pessoas recenseadas em relação à população estimada é o Piauí (86,08%), seguido por Sergipe (83,19%) e Rio Grande do Norte (80,48%). Os menos adiantados são Mato Grosso (42,72%), Amapá (51,47%) e Acre (54,07%).
IBGE poderá entrar com ordem de acesso aos condomínios
Na média, cerca de 2,33% dos domicílios se recusaram a responder, percentual que se espera ser reduzido até o final da operação, após aplicados todos os protocolos de insistência, informa o IBGE.
Alguns locais estão apresentando alta taxa de recusa, como São Paulo, por exemplo, que está em 4,03%. Além de São Paulo, seis das 27 unidades da Federação têm índice de recusa acima média nacional. Roraima, com 3,72%, e Rio de Janeiro, com 3,5%, vêm em seguida com os maiores índices. Já Paraíba (0,92%) e Piauí (1,08%) são os estados com a menor taxa de recusa. Segundo Duarte, a recusa tem sido observada principalmente nos condomínios.
“Quando o síndico se recusar expressamente a dar acesso ao recenseador, o IBGE irá entrar com uma ordem de acesso ao condomínio. Se não for cumprida, a Unidade Estadual chamará a polícia para garantir o acesso”, informou. “Seguimos com o trabalho de sensibilização, mas é uma atitude que, se necessário, iremos tomar para garantir o cumprimento da lei”.
Falta de pessoal continua
O IBGE confirma que enfrenta dificuldades relativas à falta de pessoal para atuar como recenseadores em determinados locais. Em todo o país, o IBGE conta com 90.552 recenseadores em ação, 49,5% do total de vagas disponíveis.
O estado com maior déficit de recenseadores é o Mato Grosso, com 37,1% do número de vagas. Já o Piauí está com 64% dos postos ocupados.
Segundo Duarte, o IBGE entrou com pedido para flexibilizar as contratações. Com isso, microempreendedores individuais (MEIs), aposentados do serviço público, professores da rede pública, ex-agentes de pesquisa e mapeamento do IBGE, que antes eram vedados, poderão atuar como recenseadores.
Quilombolas e indígenas
Além disso, 1.230.778 de indígenas e 1.009.778 quilombolas já foram recenseados. A maior proporção de indígenas recenseados está no Amazonas e Bahia. Já entre os quilombolas está na Bahia e Maranhão. Veja abaixo:
Tipos de questionário
Em relação ao tipo de questionário, 88,4% dos domicílios (42.595.922) responderam ao questionário básico e 11,6% (5.560.298) ao ampliado. O tempo mediano de preenchimento tem sido de 5 minutos para o questionário básico e de 15 minutos para o questionário ampliado.
A maior parte dos questionários (99,4%) foi respondida de forma presencial, sendo que 124.241 domicílios optaram por responder pela internet e 144.203 pelo telefone. (g1)