Maria Elena destaca votação apesar das rasteiras: “Sou eu que realmente tenho votos nesta cidade”

0

Para a vereadora Maria Elena (UB), o momento é de superar as mágoas. Em entrevista ao Nossa Voz desta segunda-feira (28), ela apontou as rasteiras que levou, mas assegura ter permanecido de pé. 

Antes de avaliar a disputa pela vaga para a Assembleia Legislativa de Pernambuco, a vereadora lamentou a falta de infraestrutura nos bairros periféricos da cidade e os problemas enfrentados pela população sempre que chove na cidade e cobrou ações definitivas para resolver essa situação.

Ao relembrar o processo eleitoral, Elena considera ter saído fortalecida desse pleito. “Houve a derrota eleitoral, mas teve a vitória política”. Ela, que lançou sua candidatura a deputada estadual sob a promessa de ter o apoio do seu grupo político e a mobilização de cabos eleitorais, mas na prática isso não se concretizou. 

Diante disso, Maria Elena externou sua insatisfação não apenas durante pronunciamento na Câmara Municipal, mas também ao prefeito de Petrolina, Simão Durando. “Já tive a oportunidade de conversar com o nosso grupo, tanto com o prefeito Simão Durando, como agora, mais recentemente, com Miguel. Realmente faltou [apoio], eu acho que ter quase 19 mil votos nas circunstâncias que eu tive, sou eu que realmente tenho votos nesta cidade”, analisou. 

Além das tentativas de esvaziamento da sua campanha, a vereadora se deparou com a retenção dos votos dos cargos comissionados nomeados por sua indicação. ” Eu também tratei sobre isso, me entristeceu muito. Na campanha a gente não tinha muito tempo, via o esvaziamento de alguns cargos que foram indicados e com relação a isso tinha a palavra porque a gente trabalha muito com a questão da justiça. Pelo menos oficialmente se ouvia muito a liberação dos cargos. O que aconteceu e que eu me ressenti e até já brinquei com Darcílio Almeida que podem tirar esses nomes [dos cargos que ela indicou] daí porque não são meus, porque realmente não me ajudaram, não tiveram a coragem de me ajudar”. 

Elena ainda cobrou a motivação de tais atitudes. “Minha gente, qual é o problema? Eu sou histórica do grupo, eles me diziam que o nosso grupo tinha dois candidatos: Antônio Coelho (UB) e Maria Elena. E realmente houve uma passividade de pessoas que nem chegariam perto de Miguel nunca na vida e hoje usufruem de um certo status porque Maria Elena fez o caminho, Maria Elena lutou e cada ameaça, correm para a porta de Maria Elena e tiveram o receio, talvez até tenham votado, mas o medo e se tiveram medo é porque de alguma forma foram [intimidados]”, relembrou, acrescentando os pedidos que fez por mais apoios de vereadores e prefeitos aliados ao grupo de Miguel Coelho. “Eu não era a segunda do grupo, porque se eu fosse, eu teria um apoio mais significativo no sentido de fazer com que Petrolina tivesse mais dois deputados do próprio grupo, como outrora já tivemos”. 

Apesar disso, ela se mantém no grupo. “Eu sou uma pessoa de partido, de grupo, mas tenho a autonomia de dizer as minhas coisas. Quem não sabia disso, fique sabendo. Tudo isso foi uma avaliação que eu tive, graças a Deus, a coragem de levar, até porque não podia ser o contrário. Eu fui altamente prejudicada, do ponto de vista econômico, O partido foi de uma covardia terrível, mas eu não tinha nada a ver com a briga [entre o presidente do UB, Luciano Bivar e o grupo de Miguel Coelho]. Outra coisa que precisa ser revista, eu ouvi os depoimentos de dr. Marcos [que foi candidato a deputado federal e reclamou da distribuição da verba partidária feita pelo PT de Pernambuco] e vendo a revolta dele quero dizer que não foi só ele que foi prejudicado. Enquanto Socorro Pimentel recebeu quase R$ 900 mil do partido, veio R$ 72 mil pra mim. (…) Então, você ter quase 19 mil votos, na situação em que eu estive, por isso que digo foram mais os mais de 11 mil votos [em Petrolina] mais dignos que já tive”, avaliou, reforçando a esperança de ainda assumir a vaga na Alepe. Elena é a primeira suplente do União Brasil à Assembleia Legislativa de Pernambuco.