O mês de janeiro levanta a bandeira roxa em alusão a Campanha de Conscientização e Combate à Hanseníase, doença crônica de evolução lenta que ainda sofre com o estigma relacionado à exclusão e isolamento dos pacientes atingidos.
A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium Leprae ou bacilo de Hansen em homenagem ao médico Armauer Hansen, que descobriu a doença em 1873. A médica dermatologista, Érica Coutinho, explica os principais sintomas.
“A hanseníase pode ser manchas esbranquiçadas, que a gente chama de hipocrômicas, perda de sensibilidade, pode ter dormências nas mãos e pés. A gente também chama a atenção dos pacientes pela perda da sobrancelha. Então, são alguns sinais que se você tiver, deve procurar um profissional de saúde para ser examinado. Tem também lesões avermelhadas, que pode lembrar até um fungo, que o pessoal chama de impinge e tem hanseníase virchowiana (multibacilar), quadro mais grave a face do paciente fica mais inchada, tem alteração de mãos e pés”, explica.
Os primeiros sintomas podem demorar um período de dois a sete anos para se manifestarem, por isso a hanseníase é caracterizada como uma doença crônica de lenta evolução.
A doença é transmitida por meio de gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse e espirro, em contatos próximos e frequentes com doentes que ainda não iniciaram tratamento e estão em fases adiantadas da doença. Todas as pessoas que convivem ou conviveram com o doente devem ser examinadas. Uma das formas para detectar a doença é por meio do exame físico “ O diagnóstico de hanseníase é eminentemente clínico, a gente examina faz o teste de sensibilidade. Em algumas situações a gente pode pedir exame de laboratório para auxiliar no diagnóstico que é o baciloscopia”, pontua a dermatologista.
De acordo com a Érica Coutinho, a fase de tratamento também provocada alguns tipos de reações, para isso aconselha uma melhor um mudança alimentar e uso de hidratantes “A partir do diagnóstico, não há restrição alimentar pela condição da comorbidade do paciente, mas a gente sabe que o medicamento Rifampicina é melhor absorvido com o estômago vazio. Durante o tratamento, a pele fica mais ressecada do que o normal é indicado usar hidrantes. Enfim, para estar auxiliando nesse caso, que a pele fique bem ressecados e cheia de quadradinhos nas pernas, nos braços, por isso, pode usar e abusar de hidrantantes”, afirma.
Com o aumento de incidência da doença na região, a Políniclina da Univasf promoverá uma ação no dia 28 de janeiro, em alusão ao Janeiro Roxo, o evento será por livre demanda. Qualquer pessoa que tiver algum sintoma de hanseníase e queira ser examinada poderá fazer o diagnóstico da doença.
