A assembleia da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) decidiu destituir Josué Gomes do cargo de presidente da entidade. O afastamento foi confirmado no início da noite desta segunda-feira (16), por 47 votos a 1, segundo fontes ouvidas pelo g1.
Com o resultado, Gomes perde imediatamente o cargo. O processo, no entanto, passa agora pela formalização da ata da reunião em cartório – o que pode levar alguns dias.
A sinalização é de que a defesa de Josué Gomes deve levar o caso à Justiça. Um dos pontos colocados por apoiadores é que não haveria consenso na decisão. Além disso, a votação não teria tido quórum suficiente. Outro ponto é a ausência do presidente durante a votação.
O cargo deve ser assumido interinamente por Elias Miguel Haddad, decano entre os delegados que compõem o conselho de representantes da instituição. Ele é um dos vice-presidentes da entidade e representante titular das atividades industriais no Conselho Regional do SESI-SP desde 1980.
Clima acalorado
A assembleia teve clima acalorado. Segundo relatos de participantes, na primeira etapa da reunião, após as 14h30, Josué Gomes, que presidia a assembleia, impediu a tentativa de votação sobre sua permanência no cargo. Ele passou a defender, então, pontos de sua gestão.
Uma primeira votação foi feita para definir se o conselho iria aceitar ou não as alegações de defesa dele. Dos cerca de 90 votantes, 60 foram contrários aos apontamentos do presidente e 24, favoráveis.
Segundo relatos, após nova tentativa dos participantes de colocar sua destituição em votação, Josué decidiu encerrar a primeira sessão, após as 19h.
Na sequência, a assembleia, formada por representantes dos sindicatos associados e integrantes da diretoria da entidade, decidiu abrir uma segunda sessão – previamente marcada para o mesmo dia. Essa, no entanto, não contou com a presença do presidente, que se retirou.
Nesse momento, foi realizada a votação pela destituição, já com menos participantes. Foram 47 votos a favor do afastamento de Josué, um voto contra e duas abstenções.
Fonte: G1 Economia