Para a vereadora Maria Elena, os custos operacionais apresentados como justificativa do aumento das passagens não são suficientes para explicar o impacto que o aumento das passagens no transporte coletivo acarreta na renda da população petrolinense. Em entrevista ao Nossa Voz, a vereadora fez uma análise socioeconômica da situação e lamentou o repasse do reajuste para os usuários deste sistema.
“A gente vê esse aumento, eu vou direto ao ponto, com uma preocupação muito grande porque o último aumento aconteceu em 2021 e não faz tanto tempo assim, e a população se ressente de forma muito apropriada, partindo do princípio de que o aumento foi muito grande. Você está com R$ 4,10 e partir para R$ 5, para mim não é muita coisa mas para aquela pessoa que mora lá no João de Deus e precisa vir trabalhar no Centro da cidade, representa muito. Para o estudante que não tem fonte de renda nenhuma, que já depende dos pais, já depende da família, todos os dias desembolsar R$ 2,50 já representa muito. Então, o aumento se admite porque realmente a gasolina aumentou, os insumos, mas aumentar R$ 0,90, foi muito dinheiro”.
Provocada pela população através das redes sociais para se pronunciar, a parlamentar não fugiu do tema, deixando claro que a medida foi estabelecida pelo prefeito de Petrolina, Simão Durando, através de decreto. “Eu acho que este decreto pesou muito na tinta para essas pessoas. Com R$ 0,90 você compra um pão, são sete pães por semana que você tira da mesa da média da família petrolinense. Portanto, essas são as minhas impressões, acho que carregou na tinta e a gente esperava que fosse para R$ 4,50, no máximo, e já estava de bom tamanho. A gente tem que perder essa mania de superproteger o que já está bem, o empresário, o patrão e pensar, enquanto pessoas públicas, na grande maioria da população, que é a que mais sofre e conta as moedas para sobreviver”.
