O parto é uma experiência mágica para as mamães, é o processo final da gravidez que pode também despertar muitas inseguranças e medos. Muitas mulheres acabam optando pelo parto cesáreo, apesar das recomendações médicas que apontam o parto natural ou normal como mais seguro e benéfico para a saúde de mães e bebês.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa ideal de cesarianas deveria estar entre 10% a 15% dos casos, contudo o Brasil é o segundo com maior índice de cesárea do mundo, cerca de 55%. Na Maternidade Municipal de Juazeiro, dos 4.376 partos realizados no ano de 2022, 1.442 foram cesarianas e 2.934 naturais.
O diretor médico da Maternidade de Juazeiro, Jair Brito, explica que o parto normal é um processo fisiológico da etapa final da gravidez e que ocorrem diversas modificações físicas e emocionais que preparam o corpo feminino para este momento. “As horas do trabalho de parto e a intensa produção de ocitocina facilitam a lactação, o que por sua vez, estimulam a involução uterina, diminuindo as chances de hemorragias e hematomas, além de proporcionarem uma rápida recuperação para a mulher, que tem nos braços um bebê vulnerável e que demandará cuidados”, disse.
A recuperação mais rápida no pós-parto foi o motivo que fez a mamãe Iraneide Naneide dar à luz ao seu filhinho naturalmente na Maternidade Municipal. “Apesar das dores, o parto normal ainda é melhor. Os profissionais conversaram e me explicaram que seria melhor para mim e meu bebê. Estamos bem, só aguardando o prazo de 24 horas acabar para irmos para casa”, comentou.
Os bebês nascidos de partos naturais costumam apresentar uma adaptação superior na respiração e na estabilização cardíaca, além de serem bebês menos propensos a desenvolverem alergias dos mais diversos tipos, bem como asma, devido ao contato deste com a flora bacteriana vaginal da mãe, se colonizando desde o nascimento. “Sem sombra de dúvidas o parto normal ainda é a via de parto mais segura e que apresenta mais benefícios, tanto para a mãe quanto para o bebê”, concluiu o médico Jair Brito.
(Marcela Cavalcanti – Ascom SESAU/Fotos: Luan Medrado)