“A oposição que nós vamos construir é propositiva”, afirma a deputada estadual Dani Portela

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Dani Portela .Foto: Moacir Santana

A deputada estadual de Pernambuco, Dani Portela (PSOL) participou do programa Nossa Voz, da Grande Rio FM, em Petrolina, nesta sexta-feira (24). A líder da bancada de oposição, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Participação Popular e cumpre agenda em Petrolina neste fim de semana. 

A parlamentar apontou para  a redução do número de mulheres na Alepe. “Apesar de você ter a primeira governadora, a primeira senadora, a nossa representação no parlamento diminuiu. Na legislatura anterior, eram 10 cadeiras de parlamentares mulheres, com 14 deputadas, contando com o mandato coletivo da Juntas. Então, nós saímos de 14 mulheres para 6 mulheres, é a menor bancada de mulheres dos últimos 20 anos. Então, avança em um lado, retrocede de outro. É importante que você também tenha uma parlamentar mulher liderando essa posição no estado, que é um um local de destaque, mas sobretudo, independente de ser mulher, a oposição que nós vamos construir é uma oposição propositiva. (…). Numa democracia, a oposição é fundamental para trazer contrapontos, a oposição fortalece a democracia, mas também apresenta e aponta soluções e saídas”, afirmou.

A deputada afirmou que a relação da casa legislativa com a governadora iniciou com diálogo, mas depois deu estremecida. Em seguida, falou da necessidade da continuação da prestação de serviços no período de transição. “Raquel, Lira, quando foi deputada, ela é autora da própria lei que regulamenta a transição entre governos. E ela, como autora de uma lei importante, uma lei imprescindível para continuidade da prestação dos serviços públicos, ela não cumpriu essa lei na transição dela”, criticou.

Portela afirmou que participou da transição do governo Lula no Ministério das Cidades trabalhando as desigualdades nas grandes cidades. “Lá na transição federal, nós vimos todos os partidos políticos, de campos até que nunca nem pensaram antes em debater uma transição, dentro de uma mesma reunião, vimos vários professores, professoras, pessoas de academia, da sociedade civil, muita participação, e aqui em Pernambuco a transição foi silenciosa, foi meio secreta, nem secretário sabiam que ia ser secretários até a véspera de serem nomeados”, afirmou.