Em entrevista ao Nossa Voz de hoje (05), Julianeli Tolentino detalhou o processo de transição na administração do Hospital Universitário e falou sobre seus planos futuros, que iniciarão assim que findar seu prazo à frente da Universidade Federal do Vale do São Francisco.
Segundo relatou, após assumir o cargo de reitor pro tempore, ele iniciou o processo de transição administrativa, tanto na Univasf como no Hospital Universitário. Em recente reunião com o presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Arthur Chioro, foram feitas as sugestões para substituição da equipe administrativa do HU.
Assim, foi repassado o nome do novo superintendente da unidade de saúde, Ricardo Lima, integrante do colegiado de medicina, que ficará no cargo de forma provisória. Isso porque, quando o professor Télio Leite for empossado como reitor – três anos depois de ser o mais votado na consulta eleitoral da universidade – Toletino passará a gerenciar o Hospital Universitário.
E já está atuante no setor. “Eu deixei muito claro para o presidente Arthur Chioro, para o próprio superintendente, Ricardo Lima, a missão que nós temos de reduzir essa fila [de espera para atendimento] e, quem sabe, até ampliar o volume de serviço. Para isso precisaremos contratar pessoal, também deixei isso documentado junto ao presidente, aumentar o número de cirurgiões, ortopedistas, enfermeiros técnicos em geral, para que possamos ter um aumento nesta demanda. Só que aí o detalhe é que sem recursos, a gente não faz muita coisa. Então, deixei muito claro que nós precisamos pactuar a nossa rede de atenção à saúde Pernambuco e Bahia porque hoje, praticamente Pernambuco é quem sustenta o hospital”, afirmou, acrescentando que já está em contato com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues e em breve contatará a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra.
Questionado sobre as informações de bastidores que apontam a indicação do seu nome na disputa pela Prefeitura de Petrolina, Julianeli Tolentino afirmou que não há nada definido, apenas que há a busca de uma candidatura do PT nas eleições de 2024. “O partido tem discutido, e eu tenho participado ativamente, até porque faço parte da equipe, sobre termos uma candidatura própria, o PT lançar uma candidatura própria. Nós lembramos de todos os nomes, mas claro que precisamos discutir, dialogar com todos que fazem parte do partido para que tenhamos uma espécie, e eu vou colocar de forma bem simplória, de seleção para que tenhamos o melhor nome, daquele que tenha a melhor condição de, de fato, disputar e quem sabe até lograr êxito num processo tão difícil como esse”.
A motivação da candidatura petista passa pelos problemas enfrentados pelos moradores da cidade. “Problemas como o de saneamento, da Compesa. Agora temos a nossa estrutura viária. A nossa cidade aumentou bastante de tamanho, temos muito mais habitantes. Já passamos de 300 mil e brevemente passaremos de 400 mil. Somos a terceira maior cidade do Estado de Pernambuco. E aí são é preciso mais investimentos, para dar melhores condições de infraestrutura. É preciso mais. Eu moro perto e para chegar na rádio eu gastei meia hora porque perto do Colégio Militar a retenção de veículos é muito grande. Antes, há dois, três anos, nós não tínhamos aquilo. São muitos desafios”, avaliou.
Entretanto, quando a apresentadora do Nossa Voz, Neya Gonçalves, insiste e pergunta se ele estaria pronto para concorrer ao cargo de prefeito no próximo ano, Tolentino não recua. “Eu estou pronto para tudo: para o hospital, para a universidade, para a cidade. Quem sabe? Se for me dada essa missão, nós teremos que discutir, vou conversar com a minha família primeiro e vamos lutar, vamos discutir”.