“O que não foi resolvido em 16 anos, não será em apenas 04 meses”, Guilherme Coelho sobre Raquel Lyra

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Com um histórico focado na agricultura pernambucana, o assessor especial do governo de Pernambuco e presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho (PSDB) alia as duas atribuições para contribuir com o desenvolvimento econômico do Estado. Em entrevista ao Nossa Voz desta quinta-feira (06), ele fez um balanço da sua participação na missão oficial do Governo Federal à China no mês passado, onde representou os exportadores de frutas brasileiro. 

Na oportunidade, além da atuação pela Abrafrutas, ele aproveitou a oportunidade para iniciar as tratativas para viabilizar a exportação de carne bovina ao gigante asiático. “O Brasil exporta, por mês, o equivalente a 500 mil bois para a China. E nós temos em Pernambuco um frigorífico, e essa visão já vem dentro da minha atuação como assessor especial da governadora, portanto, em Canhotinho, no Agreste, existe um frigorífico de uma empresa chamada Masterboi e ele foi inaugurado recentemente. O local ainda não opera em sua total capacidade, mas dispõe de equipamentos modernos. Mas para exportar para a China, é necessário estar credenciado com algumas especificações para o local do abate para conseguir enviar o chamado ‘Boi China’. O que é isso? É um boi que tem que ser abatido com até 30 meses de vida. E nós estamos trabalhando, junto com o governo Chinês e fizemos ações lá, que estava lá era o ministro da Agricultura também para que possamos credenciar esse matadouro de Pernambuco para que ele possa exportar também para a China”. 

Guilherme foi reeleito presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados por mais três anos. Isso prova o reconhecimento do trabalho feito à frente da entidade. “A Abrafrutas é a única associação do Brasil que representa a fruticultura. É uma associação muito forte, temos 92 sócios, exportamos cerca de 75% de toda a fruta enviada para o mercado externo e fazemos reuniões, nossa sede fica em Brasília e estamos mudando para um lugar maior, porque precisamos efetivamente. E temos a nossa interlocução com o MAPA, com as embaixadas. Recentemente estive em Londres, com o embaixador, para saber o que poderíamos fazer para vender mais frutas naquele país. Londres saiu da Comunidade da União Europeia e queremos ampliar o envio das nossas frutas para lá. O meu mandato se encerrou no último dia 30 de março e o estatuto prevê uma eleição. Houve um consenso entre os sócios, o que agradeço, para que eu ficasse mais 03 anos à frente da Abrafrutas. Temos os diretores e dividimos um pouco entre as frutas produzidas, assim, todas elas estão representadas na diretoria e eu fiquei muito satisfeito porque foi uma eleição com chapa única, tudo dentro de um clima de muito consenso e conversa”. 

Mantendo-se firme como representante do agronegócio pernambucano, ele não perdeu a oportunidade de convidar o Ministro da Agricultura, Carlos Henrique Fávaro, para uma visita ao estado. “Eu gosto dessa questão da fruticultura, não tenho limite, hora, dia, o que eu quero é cada vez mais aumentar isso. Estive com o ministro da Agricultura, eu não o conhecia, ele é do Mato Grosso, foi presidente da Prosoja e eu tive a oportunidade, ficamos no mesmo hotel e conversei bastante com o ministro sobre fruticultura, sobre o Nordeste, sobre exportação, Vale do São Francisco. Convidei-o a vir para o Vale do São Francisco para visitar Petrolina e, inclusive, ele quer vir para visitar o matadouro de Canhotinho e depois virá aqui”.

Sobre a composição do governo Raquel Lyra, Coelho comentou sobre a indicação de Lucinha Mota  e mandou recado aos ansiosos. “Eu tenho acompanhado, temos nos falado sempre. É um grande desafio, mas ela está lá dentro, está fazendo seus contatos. Esses dias recebeu a visita da ministra [do STF] Rosa Weber que veio ver o trabalho que está sendo executado. A pasta dela importante, e como ela disse, é uma secretaria sem portas, para dar a população o acesso à Justiça. E quando acontece um crime e ela é chamada pela imprensa para se posicionar sobre o assunto ela já faz questão de deixar claro que quer que a Justiça seja feita. Então, é uma pasta  importante e ela está tomando conhecimento, e quero destacar que tenho ouvido algumas críticas ao governo Raquel Lyra e quero dizer que faltam 3 anos e 8 meses para o governo acabar. Não faltam apenas 04 meses não. O que não foi resolvido em 16 anos, não será em apenas 04 meses. As pessoas têm razão em cobrar porque querem que as coisas se resolvam, mas a governadora precisa de tempo e planejamento”. 

Sendo assim, ele reforçou a confiança na gestora estadual. “Raquel é uma pessoa séria, determinada, tem um ótimo perfil, foi delegada da Polícia Federal. Ela não transige com nada errado, não cede a nada errado, não admite essas coisas e tem o tempo dela. Ela foi eleita pelo povo de Pernambuco governadora, então é a cadência dela, o povo confiou a eleição a ela. Então a governadora está efetivamente começando, pegou um estado que estava há 16 anos com outro pessoal e está ajustando as coisas. Não tem porque se desesperar nem achar que o governo está acabando. O governo está começando. Então, tenho muita convicção que será um grande governo, ela circula bem, tem sido respeitada, tem ido à Brasília toda semana praticamente, tem sido bem recebida por todas as pessoas, têm ao seu lado Priscila Krause, enfim. E aí, ela me convidou para fazer parte do governo. Então, onde eu estiver, estou atuando em nome do governo de Pernambuco, na próxima semana estarei no Palácio [do Campo das Princesas] onde haverá uma reunião com o pessoal do Japão e eu já fui convocado para ir e estou a disposição da governadora. Eu acredito no governo, ela ainda está mexendo. Já mudou o primeiro escalão, mas no segundo e no terceiro está fazendo devagar, daqui a pouco estará com o time dela. Eu confio em Raquel, acho uma pessoa decente, direita, trabalhadora”, referendou.