Durante uma ação estratégica de combate ao crime organizado dentro dos presídios, foi realizada na madrugada dessa quarta-feira (19), no Conjunto Penal de Juazeiro, no Norte da Bahia, uma operação de revistas, coordenada pelas Secretarias de Administração Penitenciária (SEAP) e da Segurança Pública (SSP).
Durante as inspeções nas celas do Pavilhão B e Módulo 1 da unidade, segundo as informações, foram encontrados e apreendidos 18 celulares, sete chips, 14 carregadores, 10 fones de ouvidos, quatro cabos USBs, comprimidos diversos, três anzóis, uma chave de fenda e 17,6 gramas de cocaína e 14 gramas de maconha.
Ainda durante a operação, também foram realizadas transferências estratégicas para desarticular o crime organizado dentro e fora dos presídios do Estado. Um dos presos transferidos foi Jeferson Silva Pereira, 35 anos, conhecido como “Professor, apontado como fundador e líder regional do grupo criminoso “Holanda” (âmbito local), vinculado à Organização criminosa Bonde do Maluco (âmbito estadual).
A transferência aconteceu após investigações apontarem que o detento continuava com voz de comando sobre os demais integrantes da organização criminosa, determinando o tráfico de drogas e execuções de rivais. O detento foi preso em março deste ano, em Camaçari-BA.
Segundo a PC, ele possui registros criminais por crimes de homicídios, tráfico de drogas, extorsão mediante sequestro, em cidades baianas como, Simões Filho, Salvador, Serrinha e Juazeiro), além do crime de Organização Criminosa, possuindo processos em andamento na Vara Criminal de Serrinha/BA, na Vara de Salvador/BA e na Vara do Júri de Juazeiro/BA.
A PC informou ainda que também identificou fortes indícios da prática de crimes de associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, praticados por integrantes da organização criminosa ‘Holanda’, sendo constatada a movimentação financeira de mais de R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais) no ano de 2022 pelo grupo.
A organização criminosa é acusada ainda de ser autor de pelo menos 50 homicídios em Juazeiro. Diversos integrantes do grupo já foram presos durante a “Operação Holanda”.
