“Tem muitas áreas da Embrapa, do IPA, da Codevasf, do Denocs que estão subutilizadas”, diz novo chefe da unidade avançada do Incra em Petrolina

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O programa Nossa Voz recebeu nesta quinta-feira (04) o chefe da Unidade Avançada do Incra em Petrolina, Edilson Barbosa de Lima, que foi empossado nesta quarta, e o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Pernambuco, Givaldo Cavalcante Ferreira.

O novo chefe da unidade avançada do Incra em Petrolina, Edilson Barbosa, afirmou que recebe a missão com tranquilidade e pé no chão, sabendo que os desafios são grandes. “A vida é feita de desafios. Vir pra essa região, conheço há bastante tempo,  tenho uma vivência com os assentados, com a luta pela reforma agrária desde menino, posso dizer.(…) A gente tem o Incra como um órgão que promove a reforma agrária e é necessário, é urgente. O Incra é um órgão que tem um papel extraordinário para o desenvolvimento dessa região”.

Em relação à reivindicação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que ocupou em abril a Embrapa Semiárido em Petrolina, Edilson disse que está em tratativas com proprietários de terras que não estão cumprindo a função social, para que o Incra possa vistoriar e desapropriar. ”Muitos têm nos procurado, nos dado sinais, que na hora que o Incra retomar, é possível desapropriar, até com consenso com proprietários, pra que as terras consigam ser colocadas”.

Barbosa afirmou ainda que terras públicas abandonadas podem servir para a reforma agrária. “Tem muitas áreas da Embrapa, do IPA, da Codevasf, do Denocs, que estão subutilizadas e que precisam que o governo faça uma análise”.

O superintendente do Incra em Pernambuco, Givaldo Cavalcante, informou que existe uma articulação política para que Petrolina volte a ter a superintendência do Incra. “É uma região grandiosa, com uma produção gigante, com muitos assentamentos, que precisam ter esse apoio como superintendência”, afirmou.

Givaldo disse ainda que muitas ações estão paralisadas em virtude da falta de orçamento e que em breve será recriada a diretoria que realiza as vistorias nas propriedades e aguarda um decreto do presidente Lula com a recomposição do orçamento no setor.