SIMEPE emite nota sobre a situação do HU de Petrolina, “realidade do Hospital contradiz as normativas do código de ética médico e prejudica o exercício da atividade”

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NOTA OFICIAL

O Sindicato dos Médicos de Pernambuco (SIMEPE) vem a público manifestar sua preocupação com a situação do Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina/PE. O Hospital é referência em serviços de saúde de alta e média complexidade, como neurocirurgia, traumato-ortopedia e cirurgia vascular, assistindo a Rede Interestadual de Saúde (Rede PEBA), a qual é composta por 53 municípios e mais de 2 milhões de habitantes.

O Serviço de Neurocirurgia do Hospital Universitário é crucial para a região do Vale do São Francisco. Porém, as superlotações e grande déficit de profissionais, tem agravado a situação caótica enfrentada pelos colegas médicos. E isso nos preocupa. Vale ressaltar que o Relatório de Vistoria 19/2021, realizado pelo Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (CREMEPE), após denúncia do Simepe, já sinalizava essas irregularidades que comprometiam gravemente o exercício ético profissional do médico.

O SIMEPE oficiou o Município de Petrolina, o Estado de Pernambuco, bem como o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e o Ministério Público Federal (MPF) e o CREMEPE, pontuando que a real situação do HU contradiz as normativas do código de ética médico e prejudica o exercício da atividade médica, consecutivamente o funcionamento do Hospital Universitário.

É notória a importância dos médicos neurocirurgiões que laboram diariamente no Hospital Universitário, prestando um serviço essencial e de qualidade à população. É inadmissível que esses profissionais sofram com condições precárias de trabalho, como escala incompleta de plantonistas, acumulação de atribuições e falta de políticas de assistência adequadas. Defendemos plenamente esses médicos e continuaremos lutando pela melhoria das condições de trabalho e assistência à população.

Por fim, solicitamos que seja fomentado um plano para recuperação e implementação de uma política de assistência neurocirúrgica na região do Vale do São Francisco, que hoje encontra-se desassistida, garantindo assim o acesso à saúde de qualidade para toda a população tão sofrida do nosso Sertão Pernambucano.