“Ainda há muito a melhorar”, afirma secretário do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência em Petrolina

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Geraldo Feitosa é poeta, cordelista, escritor, escreve crônicas e é secretário do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de Petrolina. Foto: Reprodução Painel 100,7

Petrolina realiza nesta terça-feira (06) o I Encontro Municipal de Pessoas com Deficiência. O tema do encontro “Onde estamos e para onde vamos” é para discutir a situação atual das pessoas com deficiência no mundo, no Brasil e em Petrolina, além de buscar soluções para melhorar essa realidade.

“Eu farei a palestra magna sobre o tema. Além disso, teremos a eleição do novo Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência para o biênio 2023-2024, que ocorrerá durante a tarde. Também faremos a reforma do Regimento do Conselho e daremos posse aos novos membros. É muito importante contar com a presença de todas as pessoas interessadas em contribuir com essa causa tão relevante para o município, especialmente para as pessoas com deficiência. Convidamos não apenas o público-alvo, mas também profissionais, estudantes e todos que se interessam por essa causa”, afirmou o secretário do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência em Petrolina, Geraldo Feitosa.

“Petrolina se destaca na região no que diz respeito ao trabalho com pessoas com deficiência, mas sabemos que ainda há muito a melhorar. Temos uma parceria importante com o governo municipal, por meio da Secretaria Municipal de Acessibilidade e de Educação, e outros órgãos municipais que estão nos ajudando a promover esse evento”, contou.

No entanto, Petrolina ainda enfrenta diversos desafios. “Petrolina comete ainda muitas gafes e muitas coisas que precisam ser resolvidas. Se eu falar apenas das questões mais simples tipo ir e vir, o ir e vir em Petrolina é bastante comprometido porque as calçadas dos centros não existem ou não tem, ou não são cuidadas, as pessoas estendem os toldos de qualquer maneira sem qualquer padronização isso machuca as pessoas com deficiência visual quando passam porque pode bater nos seus rostos, é ruim porque uma pessoa usuária de cadeira de rodas não pode trafegar, é difícil porque nós não temos nos diversos setores públicos, hospitais, delegacias e mesmo nas secretarias intérpretes possam atender e acolher uma pessoa com deficiência auditiva, e por aí vai”, relatou. 

Um exemplo é a falta de calçadas nas proximidades do shopping. Uma pessoa com cadeira de rodas teve dificuldades para atravessar as ruas movimentadas, tendo que disputar espaço com os veículos.

De acordo com Feitosa, essas situações mostram que não é apenas a falta de acessibilidade física que é um problema, mas também a barreira atitudinal. Ele contou que, enquanto em Recife, por exemplo, um segurança se aproximaria rapidamente de uma pessoa com deficiência visual para oferecer auxílio, em Petrolina isso não acontece. “É preciso conscientizar e mudar essa mentalidade. No encontro, pretendemos abordar essas questões e encontrar soluções ou alternativas para diminuir essas barreiras”, contou.

Veja a entrevista completa no programa Painel 100,7.