“Se você tiver com sintomas de dengue procure imediatamente o serviço de saúde logo nos primeiros sintomas, porque uma pessoa confirmada por dengue existe outras ações  preventivas para evitar ocorrência de novos casos”, destaca Marlene Leandro

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Na última quarta-feira (28), a Secretaria Estadual confirmou a morte de um menino que residia em Petrolina, sendo o primeiro caso de óbito por dengue neste ano no município. O vírus identificado foi o tipo 1. Nesta segunda-feira (3), recebemos no estúdio do Nossa Voz, Marlene Leandro, secretária executiva de Vigilância em Saúde para alertar para a importância de mantermos os cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito transmissor. 

“A morte foi registrada no início do ano, mas assim como todos os óbitos ou arbovirose. Eles são óbitos que são discutidos no GT Estadual. A gente só confirma o óbito depois dele passar pela investigação do GT. Então a gente recebeu essa informação  no último dia 15/06 da confirmação desse óbito por dengue é o primeiro óbito aqui no município neste ano de 2023”, afirma a secretária.  

Em Petrolina, existe a presença confirmada dos três sorotipos da dengue, mas ainda não tem informações sobre a circulação do quarto sorotipo. Dessa forma, se a pessoa já teve dengue causada pelo sorotipo um, ainda é possível contrair a doença por outros sorotipos. Portanto, é fundamental que a população esteja atenta aos sintomas e busque atendimento médico assim que possível. Como destaca a Marlene Leandro: 

“Se você tiver com sintomas de dengue procure imediatamente o serviço de saúde, logo nos primeiros sintomas, porque uma pessoa confirmada por dengue existe outras ações  preventivas para evitar ocorrência de novos casos, ou seja, em cima de um caso confirmado.  Por meio da agência de endemias existe a chamada bloqueio de transmissão, é uma ação feita pelos agentes endemias na área daquele caso suspeito para evitar que novas pessoas adquiram a doença. Assim, são feitas as orientações por enfermeiros, médicos, quanto à hidratação, quanto aos cuidados, a observação de sinais  de agravo, ou seja, de piora dos sintomas para que sejam tomadas medidas cabíveis para evitar a complicação. Como essa essa criança,  ela evoluiu com complicações e  procurou atendimento ao serviço hospitalar, mas já no estado agravado”, conclui. 

Embora os primeiros sintomas apresentados sejam simples e de conhecimento comum,  como febre, dor de cabeça que irradia para em volta dos olhos. É fundamental procurar atendimento médico logo nos primeiros sinais, pois existem ações preventivas que podem evitar novos casos. Dessa forma, a Secretaria de Saúde de Petrolina está desenvolvendo ações de bloqueio de transmissão, realizadas pelos agentes de endemias, nas áreas onde há casos suspeitos. Além disso, enfermeiros e médicos estão orientando os pacientes sobre a importância da hidratação, cuidados e observação de sinais de agravamento dos sintomas, a fim de evitar complicações.

Na entrevista, Marlene pontuou que mesmo que os sintomas sejam leves, é fundamental procurar atendimento médico e fazer a notificação correta para que as ações preventivas sejam realizadas. A falta de notificação pode levar a um aumento de casos na região, o que pode resultar em um surto da doença. 

Na região, bimestralmente são feitos os levantamentos para identificar as áreas com maior risco de surto da doença. No último levantamento, o município apresentou um índice de infestação de 0,5, o que está dentro do esperado. No entanto, alguns bairros apresentaram um índice de infestação maior, como o Gercino Coelho, km 2, Vila Mocó e Palhinhas, com 1,4. Outros bairros, como João de Deus, Bela Vista, Nova Vida e Quati, apresentaram um índice de infestação de 0,9.

Por isso, é fundamental que a população esteja ciente dessas informações e tome as medidas necessárias para evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue. Assim, a prevenção é a melhor forma de combater a doença e proteger a saúde de todos. Como cobrir os potes de água parada. Como lembra Marlene. 

“A gente sabe sobre a falta de água na cidade. Tem uma situação que é em várias localidade e as pessoas têm a necessidade de armazenar água, mas é importante que você tenha um cuidado e tampar o recipiente. Porque é isso que é o ambiente para dengue, o mosquito vai ali põe os ovos dele. Então, é um ambiente favorável para proliferação do mosquito. Contudo, não é só armazenamento de água, mas o local que possa acumular água, desde aquela vasilhinha do do seu cachorro ou vaso de planta no jardim com água. Pode ser um possível criadouro para mosquito”, reafirma. 

Em relação às poças de água causadas pela chuva, a secretaria executiva reafirma que não é um problema para os casos da dengue: “A gente ressalta porque às vezes a pessoa pensa que uma lama de chuva na rua pode ter dengue, mas isso não é um risco. O aedes aegypti tem um comportamento diferente da Muriçoca. A muriçoca  põe os seus ovos na lama de água, mas o aedes não, ele põe os seus ovos na parede do recipiente, por isso,  a gente diz aqui um recipiente de planta é a vasilha do cachorro não basta você derramar água e colocar a outra é importante que você lava esse recipiente,  porque ali pode estar os ovos posts na parede do recipiente.” 

Sobre quando chegará vacina para dengue 

Na última sexta-feira, foi liberada a vacina qdenga para os laboratórios e clinicas privadas. O imunizante da dengue, é destinado para as pessoas de 4 a 60 anos, que já tiveram a doença ou de forma preventiva. A dose previne cerca de 80% dos casos gerais da doença, por meio do esquema vacinal de duas doses. Contudo, ainda não há previsão de chegar aos postos de saúde. 

“A gente não tem nenhuma  expectativa ainda no serviço público. Nenhuma nota tecla ministerial a respeito dessa vacina. Se for algo que realmente chegue, vai ser um um grande ganho para toda a população para o serviço de saúde.O ideal que a gente tenha uma vacina que proteja contra o sorotipo. Isso vai ser um avanço muito grande quando isso chegar de fato e que seja uma vacina que tenha realmente a eficácia eh sobre a doença”.