“Petrolina merece a Facape do tamanho que ela é”, diz novo diretor presidente da faculdade

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A convite do prefeito de Petrolina, Simão Durando, o doutor em história e professor adjunto da Facape, assumiu a direção desta autarquia de ensino. Após pouco mais de um ano de intervenção e uma mudança de estatuto, Almeida revelou, em entrevista ao Nossa Voz desta segunda-feira (17), que seu principal desafio é “levar a instituição a ser tão grande quanto Petrolina” e destacou a busca pelo apoio do corpo docente e administrativo da faculdade. 

“Petrolina merece a Facape do tamanho que ela é. E é claro que a Facape vem de um desafio muito grande. As despesas da instituição foram maiores do que a receita. A instituição solicitou a ajuda da prefeitura que, de pronto, realizou um processo de intervenção que durou até o final de junho e agora o prefeito nos chama para assumir esse desafio. Que não é fácil já que, de certa forma, a instituição por ser híbrida e ter um caráter público e todas as despesas passarem pelos órgãos de controle e fiscalização, ela enfrenta também um mercado particular e isso não é simples, já que a região por ser grande, atraiu outras instituições de ensino superior privado”, ponderou. 

Segundo Moisés Almeida, os meses de intervenção trouxeram o conhecimento acerca dos problemas financeiros da Facape, entretanto ainda não foi possível equilibrar as contas. “As receitas não cobrem as despesas ainda. Nós temos um aporte mensal de 13% do total das despesas e por enquanto a prefeitura ainda precisa dar esse aporte. Mas temos esperança porque estamos entrando numa nova área da formação, que é a área da saúde, com o curso de medicina que, de certa forma, nós poderemos aportar outras habilidades, outros cursos nessa área e também precisamos repensar a área das Ciências Sociais e Aplicadas. Eu creio que alternativas tem e o próprio docente, o próprio corpo de técnicos administrativos, com a capacidade que tem, com a formação que tem, eu creio que nós encontraremos estratégias para poder melhorar essa situação financeira da Facape”.  

Ciente da urgência disso, o novo diretor presidente da autarquia já traça estratégias para encarar a concorrência e atrair os estudantes. “O estatuto, de certa forma, rege a instituição como um todo e ele, claro, que prevê possibilidades alternativas. Existem possibilidades sim. Vamos lançar ainda esta semana uma possibilidade de entrada com a parceria com as empresas privadas, então, os alunos que a empresas privadas indicarem como possibilidade de formação, se a empresa tiver quatro alunos matriculados eles terão 50% de desconto na mensalidade. Isso é uma nova forma de atração dos alunos, além da matrícula direta, cuja chamada começa hoje”. 

A oferta de cursos na modalidade à distância também é uma oportunidade. “Além da gente discutir o ensino não presencial. Nós sabemos que podemos aportar, por exemplo, um percentual de educação à distância dentro dos cursos que são presenciais. Além da possibilidade de cursos nossos, se tornaram à distância. Nós vamos discutir, claro que precisamos ter pesquisa de mercado, não dá para pensar em alternativas sem pesquisar o mercado, a demanda reprimida precisa ser encontrada, para que a gente não possa dar passos falsos, ou trilhando por caminhos que possam prejudicar a instituição. E eu creio que este semestre ele será para a busca de alternativas”, avaliou.