Na última segunda-feira (24), o Hospital Universitário da Univasf Petrolina, alcançou uma taxa de ocupação de 155%, ou seja, de 219 pacientes apenas 139 leitos estavam disponíveis. O programa Nossa Voz recebeu nesta quinta-feira (27), Julianeli Tolentino, para falar sobre a situação, para ele a situação é difícil, mas não é crítica ainda.
“Eu não vou colocar aqui estamos vivendo uma situação caótica, porém, a grande dificuldade é exatamente porque são muitos pacientes que você colocou 130% taxa de ocupação, mas isso é a média diária. Chegamos na segunda-feira a 155% de ocupação, o que é que significa isso? Significa que nós estávamos com 219 pacientes para 139 leitos. Não sei se é loucura porque eu não considero que a situação está caótica. Ela está difícil, mas porque exatamente nós temos um corpo técnico que é muito dedicado que apesar desse desafio imposto diariamente, tem trabalhado com muita dedicação e eficiência é claro que devido a essa grande demanda”, afirmou Julianeli.
Segundo o Superintendente do HU, boa parte desses pacientes são vítimas de acidentes de trânsito e ocorrem em Petrolina. “Apróximadamente 70%, 75% dos pacientes são do município de Petrolina. A maioria dos acidentes são vítimas de acidentes de motos. Então é preciso que haja uma ação integrada que vai desde a educação para o trânsito para que tenhamos paz no trânsito e há investimentos”, destacou.
Também ressaltou que lamenta alguns atendimentos nem serem realizados em tempo hábil, contudo, eles também estão com dificuldades internas, motivadas por faltas de profissionais e uma falta de atenção por parte de gestores à saúde da região. “Os procedimentos que não são necessários no tempo que é requerido, ou seja, rapidamente, formam-se filas. Por isso, inclusive tem as reclamações justas. Nós entendemos a realidade, a dor que o paciente sente também é sentido pela nossa equipe de médicos e fisioterapeutas e enfermeiros e até o administrativo, porém, é um problema do sistema de saúde de atenção à saúde da nossa região. Nós temos um quadro de servidores restrito, que essa demanda não vai ser atendida no tempo mínimo necessário”, pontuou.
Para solucionar o problema tem buscado soluções por meio do governo federal. Nós estamos buscando uma solução lá em Brasília. Nesses últimos 60 dias, eu completei exatamente na frente da da Superintendência do nosso Hospital Universitário para você ter ideia do apoio que nós estamos tendo do governo federal diretamente, em tratativas com a Ebserh, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitais, faz a gestão dos hospitais universidades federais em todo o Brasil. São 38 hospitais. Nós tivemos 111 novas vagas aprovadas e isso é muito importante para nós já que estamos contratando esses profissionais que vão desde médicos passando por enfermeiros e fisioterapeutas, técnicos administrativos farmacêuticos técnicos e enfermagem dentre outros profissionais”, afirmou.
Além disso, também chama a atenção dos governadores estaduais da Bahia e Pernambuco. “Nós estamos ainda longe de chegarmos ao que pensamos como o ideal, é por isso né? É a nossa articulação com o Parlamento e com os governadores. Inclusive provavelmente no próximo sábado, com a vida do governador Jerônimo. Eu teria um encontro com ele, nós já solicitamos o encontro com a Governadora, Raquel, Lyra é exatamente para despertar neles a sensibilidade dessa necessidade da população. Não adianta somente investimentos em infraestrutura, a nossa população precisa de saúde física e mental e o nosso Hospital Universitário ele vem para contribuir nesse sentido e os governos dos Estados têm que discutir porque não também além de um hospital regional um hospital municipal”.
Também reforçou sobre a questão também das verbas municipais que não chegam ao HU como incentivo para ajudar aos pacientes e desafogar o hospital. “São 53, município que integram essa aí para cá para o hu transferir responsabilidade transfere-se a responsabilidade, eu chamo a atenção justamente dos gestores desses municípios que são pactuados que são atendidos pelo Hospital Universitário, até porque a realidade não é de agora que a gente veio dizendo aqui superlotação no hospital dificuldade de pacientes que não consegue o procedimento e os anos vão se passando se passando e aí não vamos resolver vai deixar coisa piorar.