A deputada estadual Rosa Amorim protocolou um boletim de ocorrência (BO) após receber, no último dia 15 de agosto, uma mensagem no seu e-mail institucional com ameaças de estupro corretivo como forma de “cura lésbica”. O autor do e-mail insinua também que sabe dados pessoais da parlamentar, como seu endereço e a mensagem, com conteúdo lesbofóbico, trata a homossexualidade como doença a ser curada. A ameaça acontece justamente no mês da visibilidade lésbica.
Para Rosa, a ameaça representa uma tentativa de interferir na sua atuação parlamentar e também de outras mulheres que têm sofrido ameaças como esta. “Diversas deputadas em todo o país vem recebendo ameaças assim como a que eu recebi, o que demonstra resquícios da política de ódio que vem sendo praticada desde o governo Bolsonaro”, afirma Rosa, que completa: “Não vão nos impedir de sermos quem somos ou lutar pelos nossos direitos e nem de toda a comunidade LGBTQIAPN+”.
O caso não é isolado. No últo domingo (20), a vereadora de Belo Horizonte (MG) Iza Lourença (PSOL) lançou nota denunciando ameaças de estupro corretivo que vem sofrendo desde a última semana. Segundo a parlamentar, ela e sua filha de três anos foram ameaçadas por meio de mensagens em seus e-mails institucionais desde a última sexta (18). No último dia 12 de agosto, a deputada estadual do Rio de Janeiro Marina do MST (PT) foi atacada por bolsonaristas durante atividade do mandato em Nova Friburgo (RJ)
Rosa Amorim já registrou um boletim de ocorrência nesta semana para que sejam tomadas as medidas cabíveis no combate a crimes cibernéticos como este. Em nota, a assessoria do mandato afirma que “possui estratégias a fim de garantir a segurança da deputada, que serão mantidas”.
Fonte: Brasil de Fato