“Só teve um caso de acidente que o moto uber provocou” diz representante da Amape

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Leonardo Alves, representante local da plataforma de transporte por aplicativo Uber em Petrolina, avalia o notável crescimento dessa modalidade na cidade e aborda as preocupações em relação a denúncias de imprudência no trânsito. O crescimento da plataforma registrou um aumento de quase 600% em apenas um ano.

Sobre as denúncias de acidentes, Alves esclarece que, segundo especialistas como Ana Célia, gestora da VIII Geres, a maioria dos incidentes em Petrolina é resultado de alcoolismo, não estando diretamente relacionada à categoria de motociclistas por aplicativo. 

“Tivemos um crescimento de quase 600% no decorrer de um ano. Um avanço gigantesco, agora com relação aos acidentes relatos, inclusive, Ana Célia esteve no nossa voz semana passada, ela disse que a maioria dos acidentes em Petrolina são causados por alcoolismo, ou seja, nada se refere à categoria de moto por aplicativo”, afirmou Leonardo. 

Segundo ele, apenas oito acidentes envolvendo motoristas de aplicativos foram registrados ao longo de um ano, com a grande maioria sendo provocados por terceiros, não pelos motoristas de aplicativo.

“Nós tivemos oito acidentes registrados no decorrer de um ano. Somente oito envolveram o motorista de aplicativo, sendo que sete desses oito foram provocados por motoristas. Só teve um caso de acidente que o moto uber provocou”, disse Leonardo. 

Alves destaca a existência da Associação de Motociclistas de Aplicativos de Petrolina – Amape: a Amape, conhecida popularmente como “moto Uber 99”, tem como objetivo promover a segurança e a qualidade dos serviços prestados. “Ela abrange toda a categoria de  moto por aplicativo, o que acontece algumas orientações por parte da gente que pertence a comissão, representativa e as próprias plataformas, elas semanalmente sempre estão andando orientações é com relação à segurança a qualidade de serviço e etc”, afirmou o representante. 

Em relação às próprias plataformas, ele contou que elas fornecem orientações regulares sobre segurança e qualidade de serviço. “As próprias plataformas elas pedem alguns requisitos como antecedentes criminais, habilitação com categoria que exerce atividade remunerada,  a qualidade de serviço e a organização da categoria”, destacou. 

No entanto, devido ao alto número de adesões, surge um desafio de “supersaturação”, onde indivíduos entram no serviço sem um compromisso real com a qualidade do serviço. “Nós estamos tendo esse problema hoje de ter pessoas que às vezes entram nessas plataformas, não tem um real objetivo que é a prestação de serviço com qualidade”, desabafou. 

Alves enfatiza a necessidade de regulamentação por parte do poder público para distinguir entre motoristas profissionais e amadores, evitando situações constrangedoras e garantindo a segurança dos passageiros. “Dom relação a essa questão dos amadores que tem nesse segmento cabe ao poder público a prefeitura, inclusive, nós pedimos também aproveitando o desejo para que se tenha essa regulamentação para evitar esse tipo de situação constrangedora”. 

Quanto à fiscalização, Alves menciona que as plataformas e os órgãos reguladores estão trabalhando para garantir que os motoristas estejam devidamente habilitados e atendam aos requisitos. Clientes são encorajados a verificar a qualificação dos motoristas e a plataforma possui mecanismos para banir motoristas não conformes. “Infelizmente tem esses amadores da própria plataforma. A plataforma entra sempre em contato com os clientes perguntando se as motos estão  gabaritadas para o serviço é importante que o cliente exerça essa contribuição. O cliente pode sempre dar a opinião dele fazendo uma avaliação e o aplicativo é taxativo, já teve vários banimentos, justamente por causa dessa questão”. 

O representante explica os critérios de qualificação, incluindo idade mínima, habilitação remunerada e adesão às regulamentações municipais. Ele também ressalta a comunicação contínua com legisladores para abordar os problemas do setor. “ O artigo interno diz o seguinte é considerado moto uber 99 ou moto app  a pessoa que tem acima de 21 anos de idade, habilitação remunerada, para evitar o transtorno de amadores que oferecem viagem apenas por ter baixado o app, é preciso fazer uma regulamentação para privar”

Segundo Leonardo, atualmente são 810 motor ubers cadastrados, sendo antes 1.500. Contudo, desses 810, quase 600 estão inativos. “Só que 600 e pouquinho eles estão inativos, eles não trabalham assiduamente”. 

Em relação à tributação, Alves indica que os motoristas por aplicativo contribuem significativamente com impostos e taxas, destacando que uma regulamentação apropriada poderia otimizar esses recursos para benefícios locais, como educação e infraestrutura. “O motociclista aqui de Petrolina ele paga entre  $1400, R$2000 de imposto só aqui em Petrolina por ano então assim é assim aplicado à educação e etc né aqui no Brasil. Agora o imposto é diferente da taxa que o mototaxista paga ao muncipal, mas isso é por falta de lei”, concluiu. 

No geral, Leonardo Alves enfatiza a necessidade de regulamentações claras, um equilíbrio entre profissionais e amadores, além do engajamento do poder público para garantir um ambiente seguro e justo para motoristas e passageiros.