Gravado em Petrolina no início deste ano, o curta-metragem ‘Mãe’ foi um dos vencedores da 14ª edição do Festival de Cinema de Triunfo (PE), no último final de semana. O filme, dirigido por Natália Tavares, foi premiado como melhor curta-metragem pernambucano, pelo Júri da Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas de Pernambuco/Associação Pernambucana de Cineastas (ABD/Apeci), e escolhido pelo Júri Oficial do Festival na categoria ‘melhor ator – curtas, médias e experimental’ pela atuação de Guilherme Alves, como o garoto Luís, protagonista da história.
Guilherme é petrolinense e em ‘Mãe’, aos 11 anos, teve o seu primeiro papel como protagonista no cinema. “Fiquei particularmente feliz por Guilherme receber um prêmio num festival tão importante do circuito brasileiro. Acho que é um incentivo sem tamanho, quando se é tão jovem. Espero que ele possa realizar seus sonhos e seguir nessa carreira se assim desejar, mesmo tendo nascido e crescido numa cidade do Interior. Por isso é tão importante investir em políticas culturais, são elas que permitem que filmes como ‘Mãe’ sejam realizados e talentos como o de Guilherme sejam descobertos”, pontua a diretora Natália Tavares, lembrando que o filme recebeu incentivo do edital Funcultura audiovisual 2020/2021.
O Festival de Triunfo marcou a primeira exibição de ‘Mãe’ em tela grande em festivais e rendeu os primeiros prêmios do curta. “Ver meu filme pela primeira vez no cinema, em tela grande, foi uma experiência sem igual. É quando exibimos um filme para uma audiência, que a magia do cinema acontece, e vê-lo sendo bem recebido pelo público foi muito especial. A curadoria e programação do festival estavam fantásticas. Vi muitos filmes bons e foi uma honra estar em uma seleção com obras tão incríveis”, avaliou Natália.
Roteiro
Em 22 minutos, o curta-metragem conta a história de Luís (Guilherme Alves), um garoto de 11 anos que vive em um povoado de beira de estrada, no sertão pernambucano, apenas com sua mãe, Selma (Zuleika Bezerra), depois de ser abandonado pelo pai quando ainda era um bebê. Após ter sonhos estranhos e notar uma movimentação suspeita no quintal de sua casa, Luís começa a desconfiar que sua própria mãe esteja envolvida no desaparecimento dos homens do povoado. O filme explora o limite do sobrenatural, onde o abandono e o isolamento fazem os personagens tomarem decisões irreversíveis.
O filme foi rodado em janeiro de 2023 na comunidade do Capim e na Vila 12, em Petrolina. Além de Guilherme Alves e Zuleika Bezerra, a equipe de produção é composta por mais de 90% de profissionais de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), como o artista plástico Antônio Carlos Coêlho de Assis, o “Coelhão”, que dá vida a Seu Ciço.
Filmes.
Dirigido por: Natália Tavares
Produzido por: Natália Tavares e Julian Nebreda-Bello
Escrito por: Natália Tavares e Cleiton Costa
Com Guilherme Alves, Zuleika Bezerra e A.C. Coêlho de Assis (“Coelhão”)
Direção de Fotografia: Rafael de Almeida
Direção de Arte e Figurino: Letícia Rodrigues
Produção e Preparação de Elenco: Antonio Veronaldo
Trilha Sonora Original: Sebastián Díaz
Montagem: Raphaela Spencer
Direção de Produção: Cristiane Crispim
Maquiagem: Karina Matos e Pryscilla Caprytte- Movimento Mais que Make
Assistente de Direção: Cleiton Costa
Som Direto: Alex Guterres
Coordenação de Produção: Severo Filho
Assistente de Arte e Figurino: Jhennyson Santiago
Making Of, Still e Assistente de Câmera: Fernando Pereira
Assistente de Câmera: Leandro Cunha
Design Gráfico: Daniel Tagliari