A fita amarela no peito diz mais que uma simples cor no mês de setembro.
A cor, vibrante que pode ser traduzida como símbolo de luz, calor, otimismo e alegria, no mês nove de cada ano, é também significado de acolhimento, em especial no dia 10 de setembro, data que marca o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio.
A data, que ganhou um novo significado em setembro de 1994, após a morte precoce do jovem Mike Emme, que tirou a própria vida após problemas psicológicos, marca a luta de mais de 700 mil famílias ao redor do mundo, que perdem entes queridos para o suicídio.
O amarelo também tem ligação com o jovem. Mike, que era descrito por amigos como um adolescente brilhante, engraçado e amoroso, tirou a própria vida por não conseguir expressar que necessitava de ajuda profissional para lidar com os problemas psicológicos.
Emme foi encontrado sem vida dentro de um Mustang amarelo reformado por ele, que se tornou uma marca. Amigos e familiares de Mike utilizaram fitas amarelas para amarrar em cestas, buquês e tudo que foi dado para a despedida do amigo.
A cor passou a representar uma forma de acolher e de mostrar para outras pessoas, que poderiam estar passando pelos mesmos problemas que o amigo, a se sentir confortável em pedir ajuda.
De acordo com as últimas estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), os dados mais atualizados apontavam mais de 700 mil mortes por suicídio em todo o mundo.
No Brasil, o número apresentou um aumento de 2010 para 2019, cerca de 112,2 mil mortes. A estimativa é de 14 mil casos por ano, uma média de 38 suicídios por dia.
Segundo o órgão de saúde, mais homens morrem devido ao suicídio do que mulheres (12,6 por cada 100 mil homens em comparação com 5,4 por cada 100 mil mulheres). Desta amostra, as taxas de suicídio entre homens costumam ser mais altas em países de alta renda (16,5 por 100 mil), enquuanto para mulheres, as taxas de suicídio mais altas são encontradas em países de baixa-média renda (7,1 por 100 mil).
Onde buscar ajuda?
O primeiro passo a ser dado é reconhecer a necessidade de ajuda. O Centro de Valorização da Vida (CVV), fundado em São Paulo, em 1962, é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, com reconhecimento de Utilidade Pública Federal, desde 1973.
O CVV presta um serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato.
O serviço chega a realizar mais de 3 milhões de atendimentos anuais, por aproximadamente 4000 voluntários, localizados em 24 estados mais o Distrito Federal.
O contato com o CVV pode ser feito através do telefone 188 (24 horas e sem custo de ligação), pessoalmente (nos mais de 120 postos de atendimento) ou pelo site www.cvv.org.br, por chat e e-mail.