A estudante Liliane Guimarães, moradora do Loteamento Recife em Petrolina, foi vítima do golpe do Pix e compartilhou sua experiência.
Ela recebeu uma mensagem SMS informando sobre uma tentativa de compra no valor de R$980 em uma loja local. A mensagem instruiu-a a ligar para um número de telefone supostamente do Nubank para confirmar a transação. Ao ligar, os golpistas se passaram pelo banco, obtendo informações pessoais da vítima, incluindo nome, data de nascimento e CPF.
“Cheguei a ligar para um número 0800, que são geralmente os números das operadoras. Eles já atenderam dizendo que é Nubank, quando eles atenderam pensei que não era golpe. Eu falei que não é autorizada a compra de R$980, foi nessa hora que eles confirmaram meus dados e meu nome.
Os golpistas alegaram que havia um celular desconhecido conectado à conta da vítima no Rio de Janeiro, o que a deixou alarmada, pois todo o dinheiro destinado à fisioterapia de seu irmão estava em seu celular, devido a um incidente anterior. “Eles disseram que tinha um celular do Rio de Janeiro logado na minha conta, me desesperei porque todo dinheiro do meu irmão estava no meu celular. Desde que ele foi baleado na cabeça em setembro de 2021. Todo dinheiro que a gente recebe por doação é pago para a fisioterapia de Giovani. Quando disseram que tinham logado na minha conta eu me desesperei e eles falara, não fica tranquila, está tudo sobre controle. Eles disseram que estavam fazendo o boletim de ocorrência e me deram o número de protocolo inclusive”, relembrou Liliane.
Os golpistas convenceram a vítima a reduzir seu limite de Pix para R$100. Em seguida, eles tentaram realizar uma transferência de R$150, que foi bloqueada. “O atendente disse que agora vamos tentar mandar um pix para uma pessoa no valor acima R$100 para ver se deu certo e eu tentei mandar e foi cancelado.Falei para ele, não consegui deu certo o bloqueio”, destacou a vítima.
Os golpistas então enviaram um código ou link falsificado, que a vítima não conseguiu verificar no momento. Mais tarde, ela percebeu que uma transferência de R$50.000 havia sido feita de sua conta para outra, causando grande preocupação.” Era um link que não conseguia clicar, mas a foto do perfil do Nubank é o nome da pessoa como se fosse gerente financeiro. Tudo foi bem calculo, foi onde eu vi o código e achei estranho, mas quando voltei para a minha conta já tinha sido feita uma transferência de R$53.550,49 para um Tiago da Silva Santos, isso foi no dia 13 de setembro, a noite. Quando eles disseram que haviam congelado a minha conta, percebi que todo dinheiro tinha saído. Foi ai que percebi que tinha caído no golpe. Fiquei desesperada, minha mãe também. Começamos a chorar, porque é o dinheiro da fisioterapia do meu irmão, para ele se manter ativo. Não é o significado do dinheiro” desabafou Liliane.
A vítima contatou o banco e iniciou um processo de contestação, mas até agora não obteve respostas conclusivas. “Fiz a contestação com o banco, o banco chegou a passar algumas informações e disseram que estão tentando encontrar a pessoa que fez o saque. Eu estou tentando identificar o banco, porque os dois bancos que receberam o dinheiro são diferentes da Nubank, um tal de Cora e o PagSeguro, são de contas digitais”, pontuou.
Ela apelou à comunidade para ajudar em seu tratamento fisioterapêutico, que é financiado principalmente por doações, compartilhando sua história e detalhes de contato para doações. “Quem acompanha a Geovane sabe do tanto que ele precisa. Chegamos a fazer uma nova vaquinha, depois que eu cheguei na delegacia. O pix é do meu pai, o banco é do Bradesco”.
As pessoas que queiram fazer a doação e ajudar no tratamento Giovani podem fazer por meio do pix (87) 9.88421445 – Nome Ozias Alves de Barros
