A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) confirmou que até agora 11 dos seus funcionários foram mortos nos bombardeios na Faixa de Gaza desde sábado (7). Entre as vítimas estão cinco professores, um ginecologista, um engenheiro, um conselheiro psicológico e três membros da equipe de apoio.
“O pessoal da ONU e os civis devem ser protegidos a todo o instante durante o conflito. Apelamos que os combates terminem e se poupem mais vidas civis”, disse as Nações Unidas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, já reconheceu as preocupações legítimas de Israel e reiterou a sua condenação absoluta dos ataques do Hamas contra os israelitas, mas afirmou estar profundamente consternado pelo “bloqueio total” da Faixa de Gaza imposto por Tel Aviv. Guterres pediu à comunidade internacional que mobilize apoio humanitário urgente para os civis palestinos retidos no enclave e que as operações militares devem acontecer em conformidade com o direito internacional humanitário. “A situação humanitária em Gaza já era extremamente difícil antes, agora esta se deteriorando de forma exponencial. É desesperadamente necessário a entrega de equipamento médico, comida, combustível e outros bens humanitários, e ainda o acesso a pessoal da ONU”, alertou.
OMS pede abertura de corredor humanitário
A Organização Mundial da Saúde também pediu ontem a abertura de um corredor humanitário para a Faixa de Gaza, que está bloqueada e sob bombardeio das forças israelitas em todas as frentes. Na capital do Egito, país que faz fronteira com Gaza, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, conversou com Abdel Fattah al-Sissi, o presidente egípcio, sobre a possibilidade de enviar ao menos produtos básicos de saúde. (Foto: AFP)