O presidente da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), Antônio Edison Lucena, disse que não vê “sentido” na discussão sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que libera a venda de plasma sanguíneo. O texto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado no início de outubro.
“Somos contra pagamento de doador [de sangue], somos contra remuneração de hemocentros. Somos contra o que é hoje diferente da lei. A lei já prevê que o plasma excedente seja fracionado pela indústria nacional. E a indústria nacional é a Hemobrás”, declarou Antônio Edison Lucena.
A declaração foi dada nesta segunda-feira (23), durante coletiva de imprensa após uma vistoria do Ministério Público no complexo industrial da empresa federal, em Goiana, na Zona da Mata Norte (saiba mais abaixo). Para Lucena, a venda de sangue trazer riscos à saúde de pacientes que dependem de doações.
“Se você vai doar seu plasma de sangue de uma forma altruísta, você vai com uma consciência. Se você vai por remuneração, você pode esconder um comportamento inadequado que pode, sim, trazer risco, já que você tem algum tempo entre fazer a doação e aparecer algum marcador viral”, afirmou o presidente da Hemobrás.
Fonte: G1 Pernambuco