Operação contra lavagem de dinheiro prende cinco, apreende R$ 1,2 milhão e usa drone para evitar que provas sejam jogadas por janelas de prédio de luxo

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Uma operação contra lavagem de dinheiro realizada pela Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (20), no Recife, em Olinda e em Igarassu, prendeu cinco pessoas e apreendeu R$ 1,2 milhão em espécie. Os mandados de prisão e de busca e apreensão são cumpridos em concessionárias de carros de luxo, prédios residenciais e casas lotéricas, onde cofres foram apreendidos (veja vídeo acima).

Até a última atualização desta reportagem, foram confirmadas as prisões de três homens e duas mulheres durante a Operação Placement. Eles foram presos nos edifícios Píer Maurício de Nassau e Pier Duarte Coelho, um condomínio de luxo conhecido como Torres Gêmeas e localizado no Cais de Santa Rita, no Centro do Recife.

De acordo com o delegado responsável pela operação, Paulo Gondim, um drone foi usado no condomínio de luxo, para evitar que os alvos jogassem provas pelas janelas. Informações sobre como funcionava o esquema criminoso não foram divulgadas pela polícia.

A investigação foi iniciada em abril de 2023 e tem empresários como alvo. Ao todo, a operação solicitou o bloqueio de R$ 608 milhões em contas e aplicações financeiras dos investigados.

A polícia cumpre três mandados de prisão domiciliar, 12 de prisão preventiva e 31 de busca e apreensão domiciliar, sequestro de bens e valores e bloqueios de ativos financeiros, expedidos pelo Juízo da Décima Segunda Vara Criminal da Capital.

De acordo com informações obtidas pela TV Globo, os mandados foram cumpridos, além das Torres Gêmeas, nos seguintes locais:

  • Três concessionárias de carros de luxo, no Pina, na Zona Sul do Recife;
  • Edfício Akropolis, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife;
  • Cinco casas lotéricas, uma em Olinda e quatro no Recife (nos bairros de Boa Viagem, de São José e da Iputinga).
  • Nove veículos de luxo foram apreendidos, além de celulares, documentos e dinheiros de cofres. Tudo o que foi apreendido é levado para o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), no bairro de Afogados, e para a Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), no Barro, ambos na Zona Oeste.

Também foi feita a restrição de veículos e embarcações na Marinha. A operação é coordenada pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco (Dintel) e pelo laboratório de Lavagem de Dinheiro (Lab) e contou com o apoio do Comando de Operações e Recursos Especiais (Core), Corpor de Bombeiros, Centro de Monitoramento Eletrônico de Pessoas (Cemep) e do Banco do Brasil.

Fonte: G1