Ciente da reafirmação feita pelo Partido dos Trabalhadores pela candidatura própria em Petrolina, o superintendente do Hospital Universitário e pré-candidato a prefeito de Petrolina, Julianeli Tolentino (PT), converge com a decisão, mas também acredita no poder do diálogo, inclusive com outras lideranças partidárias do município. Com o nome à disposição da legenda, ele concorre internamente com mais dois nomes do partido: O vereador Gilmar Santos e o ex-deputado Odacy Amorim.
“Defendo [a candidatura própria], sempre defendi porque nós temos que defender projetos. Eu sempre disse que temos que discutir um projeto robusto para o desenvolvimento da nossa cidade. E aí a robustez seria no sentido dos investimentos ampliados para a saúde, na educação, continuarmos a qualidade da nossa infraestrutura, fazer um esforço fenomenal para melhorar as nossas condições sociais. Se você andar na periferia você vai ver. Eu transito por todos os bairros de Petrolina, então, eu conheço a realidade”, afirmou em entrevista ao Nossa Voz desta terça-feira (30).
O ex-reitor da Univasf ainda informou estar na cidade há 20 anos e reconhece os avanços alcançados até o momento, principalmente na infraestrutura. Ele ainda destacou a evolução da universidade federal, a qual gerenciou por dois mandatos. “Nós temos propostas? Temos e esperamos o momento certo para apresentar ao povo de Petrolina, mas é um projeto de partido. Discutir com outros partidos, isso é muito importante e é o objetivo da política, temos que dialogar, sim”.
Julianeli também confirmou ter sido convidado para conversar com diversas lideranças de Petrolina e recebeu alguns convites. Questionado se teria recebido a proposta de assumir a vice na chapa do prefeito Simão Durando, ele desconversou. “Nem recebi esse tipo de convite e nem discuti. Porque sou muito leal ao partido. Se ele tem o projeto de lançar uma candidatura própria, eu coloquei meu nome à disposição e estou à disposição também para liderar essa ação, esse projeto. Se o partido decidir sobre conversar, seja com outros partidos, seja lá qual for, da situação ou das oposições que temos muitas lideranças aqui discutindo, eu estou aberto para isso. Vcs sabem que desde quando eu cheguei aqui e estou na Univasf desde 2006, eu passei nove anos à frente da gestão da Universidade e eu sou um homem que prioriza o diálogo, seja com quem quer que seja, para que a gente possa estabelecer propostas que sejam viáveis, que tragam uma melhoria das condições de vida da população”, apontou.
O superintendente do HU destacou não ter aceitado o cargo por promoção pessoal. Eu não fui para o hospital com nenhum interesse político. Pelo contrário, se eu quisesse ter um melhor ambiente, não escolheria o hospital porque lá é um local de grandes demandas e desafios , críticas. Mas eu quero contribuir para a melhora das nossas posições, para que nós tenhamos uma Univasf cada vez melhor, o HU com essa referência de qualidade prestando o melhor serviço para a população. Por isso que nós estamos 100% focados nesse projeto, mas abertos ao diálogo e aí, é o partido que conduz”.
Por fim, ele reiterou a confiança nas decisões da legenda, mas opinou sobre a prioridade na escolha de projetos que visem o bem comum. Eu não posso me sobrepor a diretoria executiva do partido. Mas, individualmente eu sempre me coloco, gosto muito do debate, das discussões, priorizo o diálogo. Então, nós estamos aqui justamente para conversar e chegarmos a entendimentos, seja com que for. Porque um projeto para a cidade precisa ser maior do que os projetos pessoais e individuais.