O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (15), em declaração no Egito, que os países-membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas devem defender a paz, e não fomentar a guerra.
As últimas guerras que nós tivemos, a invasão ao Iraque não passou pelo Conselho de Segurança da ONU, a invasão à Líbia não passou pelo Conselho de Segurança da ONU. A Rússia não passou pelo Conselho de Segurança para fazer a guerra na Ucrânia. E o Conselho de Segurança não pode fazer nada na guerra entre Israel e Faixa de Gaza”, enumerou.
Lula falou à imprensa após se reunir com o presidente do Egito, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, no Cairo.
O Egito faz fronteira com a Faixa de Gaza – e foi, até o momento, a principal rota de evacuação de estrangeiros atingidos pelo conflito, incluídos brasileiros. A mesma rota é, também, a principal via de acesso terrestre para ajuda humanitária às vítimas da guerra.
Desde o primeiro mandato presidencial, Lula defende uma mudança na estrutura de órgãos como o Conselho de Segurança da ONU, cuja composição permanente é a mesma desde o pós-Segunda Guerra Mundial. As críticas se tornaram mais fortes em meio aos conflitos Rússia-Ucrânia e Israel-Hamas.
No discurso, Lula também disse:
- que Brasil e Egito apostam na “promoção do desenvolvimento econômico e social como pilares para a paz e a segurança” e combatem “todas as manifestações de racismo, xenofobia, islamofobia e antissemitismo”.
- que o Brasil voltou a apoiar a iniciativa do Egito de criação de uma “zona livre de armas no Oriente Médio” – similar à que já existe na América Latina.
- Segundo Lula, é “urgente” estabelecer um cessar-fogo definitivo para permitir a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza de forma “sustentável e desimpedida”.
- O presidente também repetiu que o Brasil é “terminantemente contrário à tentativa de deslocamento forçado do povo palestino”.
Fonte: G1