Na entrevista concedida hoje (19) ao programa “Nossa Voz”, o vereador Gilmar Santos, do Partido dos Trabalhadores (PT), ressaltou a importância do trabalho legislativo mesmo durante o período sem sessões ordinárias. Ele mencionou a apresentação de um projeto visando à realização de duas sessões itinerantes nos bairros e na zona rural, ampliando assim a participação da comunidade e promovendo debates públicos sobre melhorias nas políticas públicas municipais.
“É muito importante que a Casa do Povo esteja presente onde o povo está, nas comunidades, para que nós vereadores façamos o debate público e exijamos a melhoria das políticas públicas”, enfatizou Gilmar.
Além disso, o vereador expressou sua preocupação com os transtornos enfrentados pela população, como o caso das mães que foram informadas, há duas semanas, de que a creche Nova Semente funcionaria apenas meio turno, causando constrangimento e indignação.
“É muito triste ver essas mães trabalhadoras passando por esse constrangimento. Elas têm o maior sacrifício para fazer o acompanhamento de seus filhos e receberam a notícia de última hora de que a creche funcionaria apenas meio turno. Isso é uma humilhação e uma falta de respeito profunda dessa gestão municipal”, criticou o vereador.
Gilmar também mencionou os problemas enfrentados pela comunidade da Vila Nova do N7, destacando a situação precária das ruas, tomadas pelo esgoto e pela lama, devido à falta de planejamento adequado da gestão municipal sobre o processo de ocupação dessas áreas.
“É muito triste ver tantas crianças e pais passando por esse transtorno. As ruas estão tomadas pela lama e pelo esgoto, e isso é resultado da falta de planejamento da gestão municipal”, lamentou.
Quanto à reforma da casa legislativa, Gilmar criticou a falta de diálogo e transparência no processo, destacando a necessidade de uma discussão mais ampla entre os vereadores e a apresentação de um relatório detalhado sobre os gastos mensais da Câmara.
“Essa reforma tem gerado uma série de discussões internas, e nós temos chamado atenção para todo o processo de transparência. A previsão é de que essa obra seja entregue até o mês de setembro, mas precisamos entender por que esses gastos estão sendo feitos sem uma discussão adequada entre os vereadores”, afirmou o vereador.
O vereador expressou sua preocupação com questões como a falta de transparência nos gastos da Câmara Municipal. “A gente apenas tomou conhecimento quando a licitação já tinha ocorrido, uma reforma que envolve 5 milhões em obra. Mas além desses 5 milhões, tem o aluguel da nova sede e da atual sede, e também o aluguel da Fundação Nilo Coelho para as sessões. Tem uma série de gastos que não estão devidamente explicados. Se eu considero excesso de gastos, eu considero. A gente quer entender por que esses gastos estão sendo feitos sem uma discussão adequada entre os vereadores. Compreendemos que a gestão administrativa da câmara tem sua autonomia, mas em respeito a todos aqueles que receberam o voto da população, porque é a casa do povo, e a casa do povo porque existem lá 23 vereadores. Minimamente, a gente precisa compreender, até porque também está previsto no regimento da casa que todo mês o presidente da Câmara deve apresentar um relatório minucioso de todos os gastos que estão acontecendo na Câmara. A gente está cobrando isso desde a gestão anterior”, explicou Gilmar.
Sobre as eleições municipais, Gilmar mencionou os nomes dos possíveis candidatos do PT ao Executivo municipal, incluindo o seu próprio nome, o de Juliane Tolentino, ex-reitora da Univasf e atual superintendente do Hospital Universitário, o de Odaci Amorim, ex-prefeito e ex-deputado, e o de Cristina Costa, ex-vereadora.
“Estamos num processo de construção sobre qual nome será apresentado a Petrolina. O que nós temos certeza é de que o PT vai contribuir para apresentar um projeto digno da população de Petrolina”, ressaltou o vereador.
Por fim, em relação às divergências internas do partido, Gilmar destacou a existência de uma democracia interna no PT e a necessidade de construção de consenso em torno do nome que melhor representará os interesses da população de Petrolina nas próximas eleições.
“Existem divergências dentro do partido, e é por isso que estamos falando em construção. Precisamos construir uma outra perspectiva com outros nomes. Isso não significa dizer que todos os petistas têm a mesma opinião, e é por isso que estamos dialogando com a direção estadual e local para apresentar um projeto que atenda aos anseios da população”, concluiu Gilmar Santos.