No programa “Nossa Voz”, da Rádio Grande Rio FM, o ex-ministro do Turismo e pré-candidato à Prefeitura do Recife, Gilson Machado, pelo Partido Liberal (PL), abordou temas relevantes para o cenário político atual. Em uma entrevista marcada por reflexões sobre o movimento democrático em defesa dos valores nacionais e questões políticas regionais, Machado destacou a convocação do ex-presidente Bolsonaro para um manifesto que ocorrerá no próximo domingo, na Avenida Paulista, em São Paulo, no dia 25.
“Pernambuco estará sempre representado, e eu estarei presente em São Paulo. Democracia para o mundo ver. O movimento dos conservadores é sobre pessoas que não se submetem ao sistema, que não negociam sua liberdade, sua fé cristã, ou seu apoio a Israel. Lutamos pela preservação da nossa democracia e para garantir que nossa Constituição seja respeitada”, afirmou Machado durante a entrevista.
Sobre o movimento convocado para o domingo, Machado ressaltou sua natureza orgânica, destacando que não é financiado por políticos. Ele também criticou as recentes declarações do presidente, que minimizaram a pandemia e as relações internacionais, inclusive com Israel.
“Desnecessário. O Brasil sempre foi um país de equilíbrio internacional, mas por causa dessas atitudes, veremos um grande movimento em São Paulo. Não tenho dúvida de que será um evento marcante, pacífico e democrático. Não atacaremos ninguém, apenas citaremos nomes, mas o povo entenderá”, enfatizou.
Ao discorrer sobre as investigações da Polícia Federal referentes aos acontecimentos de 8 de janeiro e as especulações sobre uma possível prisão do ex-presidente Bolsonaro, Machado expressou sua preocupação: “Acompanho com apreensão. Vemos pessoas que nem estavam presentes sendo afetadas, e isso será histórico, assim como foi em 64. Mas nós lutamos pela democracia, pela liberdade”.
Em relação à política nacional, Gilson Machado abordou a questão do impeachment, destacando que a quantidade de deputados que apoiam o movimento reflete a vontade popular. Ele enfatizou a importância desse respaldo parlamentar como um indicativo claro do desejo da população brasileira.
“O apoio ao impeachment é um reflexo direto da vontade do povo brasileiro. Quando vemos um número significativo de deputados apoiando essa medida, isso demonstra que a população está clamando por mudanças. É uma resposta legítima e democrática aos desafios que enfrentamos atualmente”, afirmou Machado durante a entrevista.
Além disso, Machado comentou sobre a situação econômica e social do país, reconhecendo os desafios enfrentados não apenas pelo governo federal, mas também pelas prefeituras e pelos empresários em meio à crise econômica e às dificuldades sociais.
“A situação econômica e social do Brasil é delicada, e isso reflete nos municípios e nas empresas. As prefeituras estão enfrentando dificuldades para manter serviços básicos, e os empresários estão lidando com um ambiente cada vez mais desafiador para seus negócios. Precisamos encontrar soluções que atendam às demandas da população e que também impulsionem a recuperação econômica”, ressaltou Machado.
Ao mencionar a candidatura à prefeitura de Recife, Gilson Machado destacou a urgência de apresentar propostas concretas para enfrentar os problemas enfrentados pela cidade, como o trânsito congestionado e a escalada da violência urbana. Ele enfatizou a necessidade de um plano de ação abrangente que aborde essas questões de maneira eficaz.
“Recife enfrenta desafios significativos, como o trânsito caótico e a violência crescente. É fundamental que tenhamos propostas claras e viáveis para lidar com essas questões urgentes. Precisamos de soluções que promovam a segurança e melhorem a qualidade de vida dos cidadãos”, afirmou Machado.
Quanto à possibilidade de apoio político do PL à prefeitura de Petrolina, Machado reconheceu as complexidades envolvidas nesse processo, ressaltando a importância das alianças políticas e as dificuldades inerentes à construção dessas parcerias.
“Em Recife o grupo Coelho já está no palanque do PSDB, até porque Antônio Coelho é secretario de Turismo. Diante disso, acho difícil o apoio do PL, isso inviabilizaria o apoio”.