Em uma entrevista ao programa Nossa Voz, da rádio Grande Rio FM, nesta sexta-feira (15), os moradores do projeto da área irrigada expressaram preocupações crescentes sobre as condições precárias de infraestrutura e a falta de serviços públicos adequados. Entre os presentes, Reinaldo, um líder comunitário da Vila Nova – N7, compartilhou suas angústias e desafios enfrentados pela comunidade.
“É uma situação crítica”, começou Reinaldo. “Na Vila Nova – N7 e em outras áreas, estamos lidando com infraestrutura precária e serviços públicos negligenciados. Há quatro anos, foram feitos investimentos em asfalto, mas o que vemos hoje são ruas danificadas, praticamente perdendo o valor do investimento inicial.”
Reinaldo destacou as dificuldades enfrentadas pelos comerciantes locais devido à falta de acessibilidade causada pela má qualidade das vias. “É impossível para os comerciantes trafegarem com suas mercadorias. Pedimos às autoridades competentes que olhem com mais atenção para a área irrigada, pois sem infraestrutura adequada, nossas famílias lutam para sobreviver.”
Além das preocupações com a infraestrutura, Aureliano, morador do N7, levantou questões relacionadas ao fornecimento de água na região. “Há quatro anos lutamos por melhorias no abastecimento de água, mas até agora não vimos progresso. Fazemos reuniões com a Codevasf e a prefeitura, mas tudo o que conseguimos é uma série de promessas vazias. Nos sentimos abandonados. Isso quando um joga para o outro a responsabilidade.”
Valdeclice Maria, moradora do N10, destacou a situação crítica da lagoa na região. “Temos uma lagoa com mais de 2km de extensão, onde a água está estagnada há mais de oito meses. Já pedimos ajuda às autoridades, mas até agora nada foi feito. Além disso, a falta de uma unidade de saúde adequada é alarmante. Os exames médicos estão sendo negligenciados, e os dentistas são forçados a atender os pacientes dentro de uma farmácia, devido à falta de infraestrutura. A secretaria de saúde está tendo atendimento da saúde embaixo de um pé de manga, não tem unidade de saúde é uma casa alugada, e naquele vídeo a casa da saúde foi inundada.”
Girleide Barbosa, moradora do N9, compartilhou preocupações semelhantes. “Nossa comunidade enfrenta um problema ainda mais grave com uma lagoa que invadiu casas após as últimas chuvas. Apesar das audiências e reuniões com as autoridades locais, não vimos nenhuma solução efetiva. A situação é crítica, com a água contaminada causando problemas de saúde para os moradores.”
Ambos os moradores também levantaram preocupações sobre a infraestrutura viária, com estradas deterioradas e buracos nas ruas que colocam em risco a segurança dos pedestres e dos alunos que frequentam o Colégio Municipal. Eles pedem urgentemente que as autoridades municipais intervenham para resolver esses problemas e garantir o bem-estar das comunidades afetadas.
Em nota a prefeitura informou “A Prefeitura de Petrolina informa que as vilas do N-7 até recentemente eram áreas de responsabilidade da Codevasf. Após a assinatura e publicação do Termo de Doação, foi iniciado o processo de transferência dessas áreas para o Município. Equipes da prefeitura já iniciaram vistorias técnicas para o planejamento de obras necessárias para as comunidades citadas na reportagem. Devido ao desgaste avançado e período sem manutenção, a região precisará de amplos investimentos para recapeamento das vias. Após a conclusão dos estudos técnicos tanto na Vila Nova, quanto na Vila Velha, serão buscados recursos para a realização das obras necessárias na região.”
Já a secretária de saúde disse que
Pedimos também nota a Codevasf, mas até o momento não tivemos resposta.
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“A Secretaria de Saúde informa que a Unidade Básica de Saúde do N10 funciona com equipe de saúde da família completa, que conta com médico, enfermeira, técnico de enfermagem, dentista, recepcionista e recebe ainda assistência da equipe multiprofissional, com atendimentos de nutricionista, fisioterapeuta, e psicólogo, que realiza atendimentos individuais e atendimentos coletivos. As marcações de exames acontecem na própria unidade e seguem o fluxo de ordem cronológica, ou seja, as demandas mais antigas são marcadas primeiras”.