Presidente estadual do Psol confirma pré-candidatura de Perpétua e nega bate-chapa com Antônio José: “Não tem legitimidade”

0

Presente em Petrolina neste domingo (05) durante o lançamento das pré-candidaturas do Psol para as eleições municipais deste ano, o presidente estadual da legenda, Samuel Herculano confirmou Perpétua Rodrigues como a futura candidata do partido. Em entrevista ao Nossa Voz de hoje (06), ele também comentou a movimentação do grupo de Rosalvo Antônio, ex-presidente do diretório municipal do Psol e a falta de diálogo entre as duas correntes que integram a legenda em Petrolina. 

“Rosalvo é um companheiro histórico na construção do partido na cidade, vem se movimentando, indicando os nomes à revelia de uma direção municipal, inclusive, direção essa que o companheiro optou por não participar mais. E aí, à priori, ele tinha indicado um nome de Ricardo Rocha, que hoje está no PL, segundo as informações que a gente recebeu. Agora, mais uma vez à revelia do diretório municipal, ele está apontando o companheiro Antônio José, que é recém filiado, não tive ainda a satisfação de conhecê-lo, mas já quero dizer a ele que seja bem-vindo, mas infelizmente, o companheiro chega em meio a uma polêmica”.

Questionado sobre as acusações de imposição e até de um “golpe fascista” sobre a escolha de Perpétua, Herculano rechaçou. “A direção estadual não foi comunicada sobre qualquer outro movimento de indicação de pré-candidatura. Ela foi comunicada de um diálogo que foi feito com essa direção, que indicava o nome da companheira Perpétua para pleitear a prefeitura e por isso foi lançada a sua pré-candidatura. Então qualquer outro movimento que se tenha contrário a isso, não tem legitimidade”, afirmou, negando inclusive que haverá bate-chapa entre Perpétua Rodrigues e Antônio José. 

Samuel Herculano ainda comentou sobre os rumos do partido e se haveria a possibilidade de expulsão dos membros insurgentes. “A gente quer dialogar. Acho que deve ter o entrave não está relacionado à decisão sobre a pré-candidatura de Perpétua, mas sim sobre a falta de diálogo. É desnecessário colocar na mesa a possibilidade de expulsão. eu tenho um respeito muito grande pelo companheiro Rosalvo, pela história dele. Temos uma militância desde o início do Psol, então, eu o conheço não é de agora. E dessa direção estadual não cabe fazer o diálogo de expulsão, cabe fazer o diálogo para entender qual é esse processo e de dizer que temos que nos somar. Se você observar, a nota traz o nome de nove pré-candidatos e nenhum deles se fez presente. Queremos dialogar sobre o fortalecimento da chapa, queremos eleger vereadores e vereadoras. Então, esse possível racha que está colocado, tem que parar, sentar em algum momento e dizer como queremos caminhar. Acho que quem perde com isso é o partido, é a cidade, a política é o campo da esquerda”.