PF indicia ministro Juscelino Filho, suspeito de corrupção e organização criminosa

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A Polícia Federal indiciou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), por crimes como corrupção passiva, fraude em licitações e organização criminosa. A informação foi confirmada para o blog por integrantes da PF.

O relatório da PF foi enviado nesta terça-feira (11) ao Supremo Tribunal Federal, o relator é o ministro Flávio Dino. O caso está sob sigilo.

Procurado pela reportagem, o Palácio do Planalto ainda não se manifestou.

O ministro é suspeito de participar de um esquema de desvio de recursos públicos por meio de emendas destinadas à Codevasf, empresa pública que se tornou a menina dos olhos de parlamentares para a indicação de verbas do orçamento secreto.

O esquema envolveria, inclusive, familiares do ministro.

Em março de 2023, o ministro se envolveu em outra polêmica, e foi acusado de usar dinheiro público para realizar viagens pessoais.

Ministério das Comunicações

Filho foi anunciado como ministro em dezembro de 2022, com o objetivo de incluir o União Brasil na Esplanada dos Ministérios, e garantir a governabilidade do governo eleito, ou seja, que o governo tivesse votos no Congresso para aprovar seus principais projetos.

O ministério sob o comando de Juscelino responde pela política de telecomunicações, radiodifusão e serviços postais. Os Correios ficam na estrutura da pasta.

O ministro tem 40 anos e é de São Luís, no Maranhão. É médico especializado em radiologia e diagnóstico por imagem.

Ele foi eleito para ser deputado federal em 2014, tendo sido reeleito em 2018 e nas eleições gerais deste ano.

Já no primeiro mandato (2015 a 2018), foi líder do Partido Republicano Progressista. No segundo mandato, foi presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, além de coordenar a bancada maranhense.

É filho de Juscelino Rezende, que foi prefeito por dois mandatos na cidade maranhense de Vitorino Freire (1997 a 2000 e 2001 a 2004). Seu pai também foi deputado estadual por três mandatos, além de ter sido secretário adjunto do Maranhão no Governo Luiz Rocha.

Fonte: G1