A auxiliar administrativa Larissa Régis, de 24 anos, doou sangue pela primeira vez há seis anos, logo que completou 18 anos. “Fui motivada pelo desejo de ajudar as pessoas e fazer a diferença na vida do próximo. A ideia de que uma simples ação poderia salvar vidas foi um grande incentivo para mim”, disse Larissa. Desde então, a jovem faz pelo menos uma doação de sangue todos os anos e planeja se tornar uma doadora regular, no intuito de ajudar a manter os estoques em dia.
“Acho muito importante manter esse compromisso. A ideia de ter uma carteirinha de doador é algo que me atrai, já que facilita o acompanhamento e reforça a minha responsabilidade com a causa”, explicou.
Larissa também é voluntária no Escoteiros do Brasil e tem alguns amigos que também são doadores. “Muitos jovens não estão cientes de que, a partir dos 16 anos, já podem ser doadores. É um tema que precisa ser mais divulgado, especialmente nas escolas e universidades.”
O estudante Murilo Verdélio Bortoloso, de 17 anos, viu, no ano passado, uma postagem nas redes sociais pedindo doação de sangue do tipo O+ e logo foi atrás de informação. “Sempre tive esse sentimento de querer ajudar a quem precisa. Vi que podia doar já a partir de 16 anos e fui. Tenho interesse de querer fazer o bem, ajudar as pessoas”, contou.
Por conta do tipo sanguíneo, frequentemente requisitado nos bancos de sangue, o adolescente também pensa em se tornar um doador regular.
Como doar
Há critérios que permitem ou impedem uma doação de sangue, determinados por normas técnicas do Ministério da Saúde e que visam à proteção ao doador e à segurança de quem vai receber o sangue. Para fazer a doação, é necessário:
– levar documento oficial de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista, carteira do conselho profissional ou carteira nacional de habilitação);
– estar bem de saúde;
– ter entre 16 e 69 anos, sendo que adolescentes de 16 e 17 anos precisam do consentimento formal dos responsáveis;
– pesar mais de 50 quilos.
Já as recomendações para o dia da doação incluem:
– não estar em jejum;
– fazer um repouso mínimo de seis horas na noite anterior à doação;
– não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação;
– evitar fumar por pelo menos duas horas antes da doação;
– evitar alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação.
Pessoas que exercem atividades como pilotar avião ou helicóptero; conduzir ônibus ou caminhões de grande porte; subir em andaimes; e paraquedismo ou mergulho devem interromper essas atividades por 12 horas antes da doação.
O intervalo mínimo para doação, no caso dos homens, é de 60 dias, sendo permitidas até quatro doações por ano. Para mulheres, o prazo mínimo entre uma doação e outra é de 90 dias, permitindo até três doações por ano.
Os cuidados pós-doação incluem:
– evitar esforços físicos exagerados por pelo menos 12 horas;
– aumentar a ingestão de líquidos;
– não fumar por cerca de duas horas;
– evitar bebidas alcoólicas por 12 horas;
– manter o curativo no local da punção por pelo menos quatro horas.
As condições abaixo impedem a doação de sangue:
– diagnóstico de hepatite após os 11 anos de idade;
– mulheres grávidas ou que estejam amamentando;
– pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue, como aids, hepatite, sífilis e doença de Chagas;
– usuários de drogas;
– pessoas que tiveram relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual, sem uso de preservativos.
Cuidados necessários em casos de cirurgia e prazos de impedimento para doação de sangue:
– extração dentária: 72 horas
– apendicite, hérnia, amigdalectomia e varizes: três meses
– colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, redução de fraturas, politraumatismos sem sequelas graves, tireoidectomia e colectomia: seis meses.
Fonte: Agência Brasil