Mais de 785 mil casos de hepatites virais foram notificados, no Brasil, no período de 2000 a 2023, segundo estimativas do Ministério da Saúde. Por se tratar de uma doença silenciosa, às vezes assintomática por muitos anos, as hepatites levam a quadros graves de difícil tratamento, como a cirrose hepática e o câncer de fígado.
O tema ganha destaque com o Julho Amarelo, campanha que alerta para as hepatites virais.
Diagnosticar as hepatites B e C precocemente é a melhor forma de obter eficácia com o tratamento. “Quando o indivíduo descobre a doença com a eclosão dos sintomas, pode ser tarde. Por isso, a importância da identificação precoce do vírus no organismo, em tempo de promover um tratamento bem-sucedido e prevenir futuros danos”, alerta a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.
“Sem falar na vacinação, ter a caderneta vacinal em dia é essencial para se prevenir da doença e sua transmissão”, completa.
Sobre a hepatite
A hepatite é uma inflamação do fígado e pode ser causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. É uma infecção que atinge o fígado, com alterações leves, moderadas ou graves.
As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo.
No Brasil, as mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na Região Norte do país) e da hepatite E, que é menos frequente no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia.
Diagnóstico e tratamento
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza meios para diagnosticar as hepatites virais, sejam exames de sangue e testes rápidos ou laboratoriais, em qualquer unidade básica de saúde (UBS) e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).
O tratamento da hepatite A se resume a repouso e cuidados com a dieta do paciente.
Já em caso de hepatite C, a intervenção terapêutica é feita com os chamados antivirais de ação direta (DAA), geralmente por 8 ou 12 semanas, apresentando taxas de cura de mais de 95%.
A hepatite B não possui cura, mas seu tratamento com medicamentos específicos (alfapeginterferona, tenofovir e entecavir) tem por objetivo reduzir o risco de progressão da doença e complicações.
Fonte: JC