Na tarde desta quarta-feira (14), a Federação Brasil da Esperança, formada pelos partidos PT, PCdoB e PV, decidiu apoiar a candidatura de Andrei da Caixa, do MDB, para a Prefeitura de Juazeiro. A decisão foi anunciada após uma reunião com a presença de Geraldo Galindo, presidente da Federação, e dos vice-presidentes Ivanilson Gomes e Éden Valadares.
A escolha de Andrei da Caixa encerra um período de incertezas e disputas internas. Na véspera da inscrição dos candidatos, a Federação Brasil da Esperança viu a retirada das candidaturas do deputado estadual Roberto Carlos (PV) e do deputado Zó do Sertão (PCdoB), que optaram por apoiar Andrei da Caixa. A decisão deixou o PT em uma posição desvantajosa, especialmente porque o ex-prefeito Isaac Carvalho estava inelegível devido a questões jurídicas. O PT tentou emplacar a candidatura de Ellen Carvalho, esposa de Isaac, mas essa proposta foi rejeitada pela Federação e pelos principais líderes do governo, como o governador Jerônimo Rodrigues, o senador Jaques Wagner e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Com o respaldo de Jerônimo Rodrigues, Jaques Wagner e Rui Costa, Andrei da Caixa se consolidou como o candidato oficial do governo para a eleição em Juazeiro. O apoio ao empresário também foi reforçado pelo PSB, que anteriormente havia lançado o ex-prefeito Joseph Bandeira como candidato, mas que agora se alinha à candidatura de Andrei. Joseph Bandeira também retomou a aliança com a prefeita Suzana Ramos (PSDB), que buscará a reeleição com Vitória Régia Bandeira, filha de Joseph, como vice.
Desafios para o Avante e o PSD
A decisão da Federação coloca em xeque o alinhamento de outros partidos da oposição. O Avante, que havia reafirmado seu apoio a Isaac Carvalho, pode enfrentar um dilema ao decidir se adere à candidatura de Andrei ou mantém sua posição anterior.
Além disso, o PSD, que também estava alinhado com a candidatura de Isaac, pode considerar lançar uma candidatura própria, conforme sugerido por Gleidson Medrado, indicado como vice de Isaac na convenção do PT. Medrado indicou a possibilidade de um racha no PSD e o lançamento de uma candidatura própria se surgirem novas propostas na oposição.