Com a triste partida do deputado José Patriota (PSB), que faleceu na madrugada desta terça (17), é inevitável falar sobre como fica a estrutura da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Na ordem de suplência do PSB na eleição de 2022, o vereador do Recife, Davi Muniz, é quem assume. O prazo regimental é de 30 dias a partir da convocação.
Davi, entretanto, está concorrendo a reeleição pelo PSD, partido que tem Daniel Coelho como candidato no Recife. Mesmo com a mudança de partido, ele é a primeira “opção”, já que a Justiça Eleitoral considera o resultado final do pleito. Caso semelhante aconteceu com Lucinha Mota, em Petrolina, que mesmo filiada ao PSDB, acabou assumindo a cadeira do seu antigo partido, o PSOL, na Câmara Municipal. A legenda, entretanto, concorreu e conseguiu, 10 meses depois, reconhecer a infidelidade partidária no TRE, e Lucinha acabou tendo o mandato cassado.
Assim, o PSB também não pretende deixar barato para Muniz e deve reivindicar o espaço para Júnior Matuto (PSB), que é o próximo na ordem de sucessão da suplência. Ele é ex-prefeito de Paulista e está concorrendo nessa eleição a prefeito, polarizando com Ramos (PSDB), candidato de Raquel Lyra (PSDB) no município. Caso Matuto vença em Paulista, o suplente seguinte é Cayo Albino (PSB), filho do prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino (PSB).
Apesar de todos estes poréns, os trâmites são longos e até lá, Davi Muniz deve conseguir tomar posse e ocupar a cadeira de deputado estadual, simultâneo à campanha de reeleição a vereador, porque, se não conseguir se manter na Alepe, pode tentar garantir ao menos a vaga que ocupa na Câmara do Recife. Um ponto importante a ser levado em conta é que Davi deixou o PSB somente na janela permitida pela Justiça Eleitoral, deixano que ainda deve embolar mais o caso.