Univasf comemora 20 anos de crescimento acadêmico e impacto regional, destaca reitor

0

Nesta sexta-feira (18), a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) celebra 20 anos do início de suas atividades acadêmicas. Para marcar a data, acontece hoje uma solenidade no Campus Multieventos, com a participação especial da Orquestra Castro Alves. Conversamos com o reitor da Univasf, Télio Nobre Leite, que falou sobre o desenvolvimento e a trajetória da instituição ao longo dessas duas décadas.

“Estou na Univasf desde o início. Cheguei aqui em setembro de 2004 para tomar posse como professor e acompanhei essa história de perto. Passei uma parte como professor e outra como gestor. Fui oito anos vice-reitor e estou completando agora um ano e meio como reitor. Desses 20 anos, participei dessa construção de diversas formas. Para mim, até emocionalmente, é complicado falar de maneira resumida”, afirmou Télio.

Ele relembrou os primeiros passos da universidade: “A gente começou lá em 2004 com 11 cursos de graduação, com uma entrada de 530 estudantes. Naquela época, tínhamos cerca de 100 professores e por volta de 27 servidores técnicos. Iniciamos em 18 de outubro de 2004, nosso primeiro dia letivo, com cursos em Petrolina, Juazeiro e São Raimundo Nonato, no Piauí. Hoje, temos mais de 9.000 estudantes nos diversos cursos de graduação e pós-graduação. São 40 graduações em funcionamento, 33 de forma presencial e outras na modalidade à distância (EAD), atuando em sete cidades dos estados de Pernambuco, Bahia e Piauí”.

O reitor destacou o impacto regional da Univasf: “O crescimento da universidade é considerável e impactante na nossa região. Além da formação profissional, temos diversas ações envolvendo pesquisa, extensão, inovação e prestação de serviço. Nosso Hospital Universitário, sob nossa gestão há cerca de 10 anos, já realizou mais de 300 mil consultas ambulatoriais e quase 60 mil procedimentos cirúrgicos, atendendo mais de 50 municípios”.

Ele ressaltou o papel da universidade na democratização do ensino superior: “A Univasf foi a primeira Universidade Federal com característica regional. Tivemos um papel central na interiorização da educação superior pública federal e na democratização do acesso, por meio de políticas de ações afirmativas que trazem para nossa comunidade acadêmica a representatividade existente na população dos estados de Pernambuco, Bahia e Piauí”.

Télio também comentou a excelência acadêmica da Univasf: “A maioria dos nossos cursos de graduação foi avaliada com notas 4 e 5, que representam excelência acadêmica. Nos cursos de pós-graduação, 30% vêm evoluindo em termos de avaliação, e já temos cinco doutorados, com novas pós-graduações previstas para 2025”.

O reitor ainda abordou os desafios financeiros enfrentados pela universidade: “Se olharmos nosso orçamento, vemos um valor próximo de R$ 260 milhões por ano, mas grande parte disso vai para salários de pessoal, aposentados e pensionistas. Sobra para o orçamento discricionário pouco mais de R$ 41 milhões, sendo cerca de R$ 7 milhões destinados à assistência estudantil, que garante a permanência dos alunos em situação de vulnerabilidade”.

Sobre a infraestrutura, Télio mencionou problemas recorrentes: “Estamos trabalhando para ampliar nossos hospitais universitários, e ontem mesmo tivemos uma agenda em Salvador com a secretária de Saúde da Bahia para tratar do futuro Hospital Universitário em Paulo Afonso. No entanto, enfrentamos desafios estruturais, como infiltrações e alagamentos nos restaurantes universitários e prédios de ciências agrárias, problemas que já foram comunicados ao Ministério da Educação. Precisamos de um volume significativo de recursos para resolver essas questões de maneira definitiva”, concluiu o reitor.