João Campos no Roda Viva: “Foi o pior desempenho da história de um governo (estadual)” em eleições municipais

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O prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB), participou do programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (28), onde discutiu temas da política estadual e nacional, além da sua gestão à frente da capital pernambucana.

João iniciou sua participação comentando sobre sua reeleição para a prefeitura do Recife, após vencer em primeiro turno nas eleições municipais de 2024, com 78,12% dos votos, totalizando 725.721 eleitores.

“Eu gostaria de agradecer a votação que o Recife me deu, foi do tamanho da generosidade do povo do Recife”, disse.

Análise das eleições no país

Questionado sobre resultados em outras capitais, incluindo cidades onde o gestor recifense marcou presença e teve envolvimento no segundo turno, João respondeu com uma análise do cenário, enfatizando o recorde de prefeitos reeleitos, destacando que o grande vencedor da eleição foi “a capacidade de trabalho de realizar”.

“Acho que essa eleição, mais do que uma disputa de campo, ela se deu no âmbito do trabalho. A gente tem um recorde de reeleição, quase 80%, isso se espelha também nas capitais e nas grandes cidades. Para além da polarização, vejo como o grande vencedor dessa eleição a capacidade de trabalho e de realizar. Quem estava dentro da posição e fez um grande trabalho, teve um êxito eleitoral. Esse é um resultado que precisa ser compreendido”, analisou.

Falando especificamente do resultado das eleições para a prefeitura de Fortaleza e da vitória de Evandro Leitão (PT) no município, João relembrou o apoio ao petista.

“Parabenizar o prefeito Evandro, falei com ele ainda hoje. Tive a oportunidade de ir lá, ainda no segundo turno, pra dizer que eu acreditava naquele projeto, que eu não tinha nenhuma dúvida que ele seria eleito pela confiança das pessoas”, comentou.

Lido como um político posicionado na centro-esquerda, João também analisou a situação dos partidos de esquerda nas disputas pelas prefeituras no país. Para o recifense, a forma de comunicação “precisa mudar”, destacando a “pauta histórica da esquerda” no campo social.

“Quando você faz um levantamento de gestões que fizeram expansão de CRAS, creches, equipamentos de saúde, atenção à população de rua, essas expansões não tem similaridade com os partidos políticos que estão governando essa cidade. Enquanto há apenas um discurso, do outro lado você tem realizações em campos diversos. Com isso você fortalece a pauta da entrega. Qual a grande questão da política? É a criação de empatia, um vínculo, uma capacidade de representar os outros. A forma de comunicação precisa mudar, ela precisa ser uma consequência daquilo que você é”, analisou.

Fonte: JC