Nesta terça-feira (29), o programa Nossa Voz entrevistou Helder Gomes, diretor da Agência Municipal de Vigilância Sanitária de Petrolina, que abordou a recente fiscalização realizada em um matadouro do município na última sexta-feira. Segundo ele, a inspeção constatou que o local atendeu às exigências necessárias para retomar o abate de animais de forma regulamentada. Gomes expôs o processo e destacou a importância de fiscalizar a comercialização de carnes no município, alertando também a população sobre os riscos associados ao consumo de produtos de origem clandestina.
“Há cerca de 40 dias, realizamos uma vistoria no matadouro municipal e identificamos a necessidade de adequações nas operações. É um conjunto de questões, e com o apoio da Anvisa, identificamos problemas que precisavam ser resolvidos tanto no âmbito higiênico-sanitário quanto nas condições estruturais e operacionais,” explicou Gomes.
“Realizamos reuniões com a equipe do matadouro para discutir essas adequações. Na semana passada, nossas veterinárias realizaram nova vistoria e confirmaram que as adequações foram implementadas. Com isso, liberamos o funcionamento do matadouro municipal.”
Gomes enfatizou a importância da fiscalização no combate à venda de carnes clandestinas em Petrolina e incentivou a população a colaborar, orientando que denunciem produtos sem inspeção sanitária. “Chamamos a atenção dos consumidores: se identificarem carnes que não passaram pela vistoria sanitária, que denunciem por meio do WhatsApp 98814-2540. O consumidor é o nosso melhor fiscal. Existem cinco feiras livres em Petrolina, e intensificaremos a fiscalização contra o abate clandestino.”
O diretor detalhou como funciona o monitoramento diário das operações do matadouro e o cuidado com o bem-estar animal durante o processo de abate. “Nossa fiscalização começa cedo, por volta das 5h30 ou 6h da manhã, acompanhando todo o processo de abate de bovinos e carneiros. Todos os dias, um veterinário está presente para garantir o controle fitossanitário e as normas de bem-estar animal durante o abate. Além disso, a Vigilância Sanitária de Petrolina mantém uma estrutura de fiscalização ampla, que inclui diversas áreas e setores, sempre atentos à colaboração da população para nos ajudar.”
Questionado sobre as exigências do Ministério Público em relação ao matadouro, Gomes afirmou que todas as certificações e licenças necessárias foram obtidas. “A vigilância sanitária tem seguido todas as recomendações do Ministério Público, e o matadouro providenciou as documentações, incluindo licenças dos bombeiros, certidões trabalhistas e adequações ambientais. Estou há três meses na direção da Vigilância Sanitária e seguimos rigorosamente as normas federais e estaduais que regem a operação do matadouro de Petrolina.”
Gomes também mencionou a logística de transporte e armazenamento das carnes, que são encaminhadas às feiras livres. “Estamos finalizando uma campanha educativa, com distribuição de panfletos e ações de conscientização na imprensa e nas rádios. A câmara fria do matadouro foi adequada, e o transporte das carnes até açougues e feiras está sendo monitorado de perto. Além disso, estamos intensificando a fiscalização, com o apoio da Guarda Municipal, especialmente contra o comércio de carnes clandestinas.”
Helder reforçou o apelo para que a população não consuma carnes de origem duvidosa e para que colabore com as denúncias, enfatizando os riscos à saúde. “O barato pode sair caro. Consumir carne sem procedência pode acarretar problemas sérios de saúde. A vigilância está atenta e à disposição para averiguar denúncias. Nosso telefone da ouvidoria está disponível para receber fotos e informações, e vamos manter operações contínuas.”
Por fim, Gomes antecipou o cronograma de atividades da agência, que inclui uma campanha estadual de vacinação antirrábica para cães e gatos, com o ‘Dia D’ programado para 9 de novembro. “Estamos planejando pontos estratégicos de vacinação e pedimos aos síndicos que entrem em contato com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), pelo telefone (87) 3983-7153, para agendar ações em condomínios. Queremos garantir a imunização de todos os animais da cidade, e contamos com a colaboração das ONGs e da comunidade,” concluiu.