Comunidade do Núcleo 01 do Perímetro Irrigado Senador Nilo Coelho denuncia falta de segurança, saneamento e saúde

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Líderes comunitários do Núcleo 01 do Perímetro Irrigado Senador Nilo Coelho, em Petrolina, cobram ações imediatas das autoridades para atender às demandas urgentes de segurança, saneamento e saúde. Em conversas recentes, representantes da comunidade expuseram as dificuldades enfrentadas pela população, que cresce a cada ano devido ao desenvolvimento agrícola na região.

Sérgio Honório, presidente da associação de moradores do N1, destacou a sensação de abandono e a falta de policiamento adequado. “Temos uma demanda muito grande na área de segurança. Casos de roubo e arrombamento são frequentes, e não vemos patrulhamento nas madrugadas, apenas viaturas paradas próximas ao colégio. Precisamos de uma atenção especial das esferas municipal, estadual e federal para proteger nossa comunidade”, afirmou Sérgio. Ele também ressaltou a necessidade de uma campanha educativa e de uma comissão para orientar os moradores sobre a importância do descarte correto do lixo, uma vez que muitos ainda desconsideram as orientações.

Outro problema apontado por Sérgio é a falta de infraestrutura no núcleo. Segundo ele, as ruas do N1 estão cheias de buracos, há pouca manutenção, e a água que abastece a comunidade está sem tratamento adequado. A situação, conforme explica o líder, coloca em risco a saúde da população: “Estamos consumindo água sem tratamento, vinda diretamente do canal, o que é preocupante para todos os moradores”.

Edvaldo Landim, também líder comunitário no perímetro, reforça as palavras de Sérgio e acrescenta que os núcleos do projeto funcionam como “agro-cidades”, já que cada núcleo possui uma população em torno de 10 mil habitantes. “Vemos um crescimento populacional constante, mas as condições de infraestrutura não acompanham. É preciso mais coleta de lixo e a criação de pontos de descarte. A promotora de justiça Rosiane Cavalcante chegou a visitar a comunidade, mas não houve avanços desde então”, lamenta Edvaldo. Para ele, são necessárias mais ações educativas, tanto para conscientizar os moradores quanto para garantir que o lixo não se acumule nos períodos entre as coletas.

Na área da saúde, a comunidade enfrenta outra grande carência. Leane Alves, que também atua como líder no N1, elogiou a chegada de um médico para atender a população, mas destacou a necessidade de uma unidade de saúde própria no núcleo. “Tivemos que buscar atendimento no C1 por muito tempo. Agora, temos um médico, mas precisamos de um posto de saúde no N1. A comunidade é grande e precisa de um local adequado para ser atendida”, afirmou Leane.