As exportações de manga do Brasil atingiram um novo patamar em outubro de 2024, com um volume recorde de cerca de 49,7 mil toneladas, conforme dados do Comexstat (MDIC). De acordo com o Observatório do Mercado da Manga, da Embrapa Semiárido, esse valor superou o máximo histórico anterior de 46,1 mil toneladas, alcançado em 2023, representando um aumento de 42,78% em relação a 2022 e 7,78% sobre o ano anterior.
As receitas geradas com essas exportações também registraram recorde, somando aproximadamente US$ 61,6 milhões. Para efeito de comparação, em outubro de 2022, a receita havia sido de US$ 28,8 milhões e, em 2023, o valor chegou a US$ 58,3 milhões, que até então era o maior da série histórica.
Entre as variedades mais exportadas estão Palmer e Kent, principalmente destinadas ao mercado europeu, e Tommy, que foi enviada tanto para a Europa quanto para os Estados Unidos. A distribuição dos principais destinos mostrou que a Holanda recebeu 47,97% das mangas brasileiras, seguida pela Espanha (17,76%) e pelos Estados Unidos (12,96%).
O transporte marítimo foi a principal modalidade de envio, respondendo por 87,86% das exportações, com a alfândega de Fortaleza sendo responsável por 83,08% dos despachos, e o Aeroporto de Guarulhos-SP contribuindo com 5,61%.
Em relação à produção, o estado de Pernambuco liderou com 49,24% do total de mangas exportadas, seguido pela Bahia, que contribuiu com 42,58%. São Paulo (3,69%) e Rio Grande do Norte (2,25%) também participaram do volume exportado.
Segundo estimativas de mercado, a taxa de câmbio esperada para o final de 2024 é de R$5,53 para 1 dólar, fator que pode continuar favorecendo o setor exportador de frutas, especialmente a manga, que tem mostrado um desempenho robusto nos últimos anos.