A insegurança no bairro Areia Branca, em Petrolina, tem gerado crescente preocupação entre moradores e comerciantes da região. A diretoria da Associação de Moradores da comunidade está cobrando providências urgentes das autoridades de segurança pública, diante dos constantes casos de assaltos a residências e estabelecimentos comerciais.
O caso mais recente, que abalou os comerciantes locais, ocorreu na madrugada do domingo (10). O estabelecimento da Associação de Artesanato Trapiá, que funciona há anos dentro da estrutura da Associação de Moradores, foi arrombado duas vezes em um intervalo de apenas dois dias. Localizado ao lado de uma das entradas do Bodódromo, complexo gastronômico e turístico do bairro, o local foi alvo de criminosos pela terceira vez em pouco tempo.
A proprietária, Morelita Medeiros está desolada com os prejuízos, que somam mais de 18 mil reais. “Acontece que foram feitos dois boletins de ocorrência, e a polícia disse que viria aqui fazer a perícia, mas até agora não compareceu. Fomos deixadas à mercê da sorte, e o prejuízo tem sido grande”, lamentou Morelita Medeiros.
Ela ainda disse que também expressou sua indignação. “Entraram pelo telhado, como nas outras vezes. Já pagamos para consertar o buraco que fizeram no primeiro arrombamento, e agora fizeram a mesma coisa novamente, quebrando em outro lugar. São pelo menos quatro arrombamentos que ocorreram aqui, mas os dois mais recentes foram devastadores. A situação é desesperadora”, disse ela, explicando a continuidade dos crimes e os danos causados aos equipamentos de segurança, como câmeras de vigilância e DVR, que foram roubados novamente.
As empresárias apelam por mais segurança na região, especialmente porque o Bodódromo é um ponto turístico conhecido, que recebe muitos visitantes, inclusive turistas vindos de ônibus inteiros. “A insegurança está prejudicando o turismo e a nossa tranquilidade. Não podemos continuar assim, sem apoio das autoridades”, afirmou Morelita.
Além das dificuldades enfrentadas pelos comerciantes, a falta de segurança também afeta a vida dos moradores, que vivem em constante medo de novos assaltos e arrombamentos. Auxiliadora, que também integra a Associação de Artesanato Trapiá, pediu uma ação efetiva das autoridades. “Nós precisamos de segurança, pois estamos sendo roubados constantemente. A nossa associação está aqui há 10 anos, mas nunca enfrentamos uma situação tão difícil”, disse.
A Polícia Civil de Pernambuco confirmou que está investigando os furtos ocorridos nos dias 7 e 10 de novembro, no bairro Areia Branca. Um inquérito foi instaurado para apurar os fatos e identificar os responsáveis pelos crimes. As diligências estão em andamento, mas, até o momento, nenhuma prisão foi realizada.