Em entrevista concedida ao programa Nossa Voz nesta terça-feira (12), Edilázio Vanderley, superintendente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), respondeu às críticas feitas pelo ex-prefeito de Petrolina, Odacy Amorim. Amorim, que recentemente comentou sobre os motivos de sua derrota na eleição municipal, criticou a Codevasf, afirmando que a companhia teria cortado o abastecimento de água para prejudicar sua campanha.
Edilázio rebateu as acusações com uma fala direta, destacando seu compromisso com a imparcialidade e negando qualquer interferência política em sua gestão. “A minha trajetória mostra que não sou político. Vim para cá com uma missão clara: representar um órgão do governo federal e, como tal, tratar todos de maneira isonômica. É minha obrigação,” afirmou Vanderley. Ele ainda acrescentou que sua indicação ao cargo veio com o objetivo de seguir o lema do governo federal de “União e Reconstrução”.
O superintendente também destacou que, embora tenha suas próprias convicções políticas, elas não interferem em sua atuação na Codevasf. “É claro que, como Edilázio, pessoa física, tenho escolhas partidárias e políticas. Mas, como superintendente da Codevasf, eu trato todos igualmente, porque é isso que a nossa democracia exige. A escolha nas eleições municipais cabe ao povo,” frisou.
Vanderley argumentou que críticas como a de Amorim são comuns após derrotas eleitorais, quando, segundo ele, “muitas vezes, quando o resultado não é o que se imaginava, busca-se encontrar culpados.”
Ele assegurou que a atuação da Codevasf é feita de forma técnica, sem qualquer intenção de prejudicar adversários políticos. “Não deixamos de avançar um milímetro em nossos trabalhos para interferir em qualquer processo eleitoral. Nosso trabalho segue firme e forte, com o entendimento de que temos que avançar, mas também que vivemos um momento de esperança.”
O superintendente aproveitou a oportunidade para fazer uma reflexão sobre o ambiente político atual e a importância da democracia. “Quem defende a democracia não pode defendê-la só quando o resultado lhe é favorável. A voz do eleitor é soberana, e precisamos respeitar o processo,” declarou.
Para ele, o cenário político do país passou por um período de “extremismo” que, em suas palavras, “afetou o bem-estar das pessoas.” “Vivemos um processo que teve um extremismo político que afetou o bem-estar das pessoas, e a sociedade está se recuperando disso. Não adianta a gente buscar o extremismo que aconteceu na vida passada para a nossa vida cotidiana,” afirmou.
Edilázio reforçou que a gestão pública não deve ser afetada por conflitos partidários e que é preciso um esforço conjunto para garantir melhorias para a população.
“Quando ouço questionamentos como esse, percebo que as eleições deste ano deram um recado claro: cada político deve entender o que a população quer. Sigo minhas convicções políticas, mas não posso achar que só isso definirá a escolha do eleitor. Precisamos resolver os problemas das pessoas, apresentar soluções para os eleitores,” concluiu Vanderley, defendendo que a gestão pública deve estar focada nas necessidades da população, independentemente de resultados eleitorais.